Cientista: estocar células-tronco de cordão umbilical é fraude
As clínicas que se dispõem a armazenar células-tronco de cordão umbilical dos recém-nascidos para serem utilizadas mais adiante, no caso de uma doença, cometem fraude, denunciou neste sábado o cientista americano Irving Weissman, diretor do Instituto de Biologia de Células-Tronco e Medicina Regenerativa da Universidade Stanford da Califórnia.
"Os cordões umbilicais contêm uma quantidade dessas células num nível que atende as necessidades de uma criança muito pequena", disse Weissman à imprensa, durante o encontro anual da American Association for the Advancement of Science (AAAS).
"Também poderiam gerar células mesenquimáticas - células com capacidade muito limitada para formar cicatrizes, osso, gordura - mas não geram cérebro, sangue, coração, músculos, esqueleto, apesar do que muitos dizem", afirmou.
Essas clínicas "que cobram de seus pacientes entre US$ 50 e US$ 150 mil por uma terapia, que não tem nenhuma chance, estão tirando dinheiro de uma família que talvez precise dele no caso real de uma doença incurável", afirmou. "Isso não é certo".
A Sociedade Internacional sobre Células-Tronco divulgará um informe em abril sobre os tratamentos de resultados não comprovados como os que levam ao armazenamento do sangue do cordão umbilical de um bebê para uso futuro.