Casa romana no Monte Vesúvio pode ter sido onde morreu César Augusto
Cientistas acharam, na face norte do vulcão que destruiu Pompeia, casa de campo soterrada que pode ter sido propriedade de César Augusto e seu leito de morte
Arqueólogos encontraram, próxima ao Monte Vesúvio, uma casa de campo romana em ruínas que pode ter abrigado o leito de morte de Augusto, o primeiro imperador romano. A estrutura estava soterrada debaixo dos restos de outra casa de campo, construída séculos à frente.
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As casas de campo romanas, chamadas de villas, abrigavam a aristocracia da época e suas propriedades rurais. A villa mais antiga, onde teria morrido Augusto, teria sido habitada antes do primeiro século d.C., segundo os arqueólogos, enquanto a segunda teria sido construída apenas no segundo século.
Os cientistas responsáveis, acadêmicos da Universidade de Tóquio, já escavavam o local há 20 anos, mas o trabalho só foi divulgado agora, com as descobertas feitas após muita escavação e estudo. Ainda não se confirmou, no entanto, que a antiga villa realmente seja o local onde Augusto morreu, em 14 d.C.
O desastre do Vesúvio e a morte de Augusto
Segundo contou Mariko Muramatsu, arqueóloga da Universidade de Tóquio que liderou a escavação, ao site Live Science, o sítio arqueológico do estudo é o único — ou, ao menos, um dos pouquíssimos — que pode realmente ter sido o leito de morte do monarca romano.
O local bate com os escritos de historiadores romanos como Dião Cássio, Suetônio e Tácito, que apontam a morte do imperador em 14 d.C., na villa de sua família, próxima à cidade de Nola. Atualmente, Nola fica a cerca de 8 quilômetros a nordeste do sítio arqueológico, que está situado em Somma Vesuviana, local nas encostas do norte do monte Vesúvio.
A segunda casa de campo de Somma Vesuviana foi destruída por uma erupção vulcânica durante o século V, ficando soterrada até seu encontro, em 1929. Embora tenha-se considerado a possibilidade da presença da villa de Augusto no local, estudos não foram feitos por falta de verba. Em 2002, no entanto, a equipe da Universidade de Tóquio retomou a pesquisa junto a arqueólogos locais.
Foram encontradas, então, estátuas de mármore e diversos outros artefatos, datados ao ano de 79 d.C. por meio das camadas arqueológicas. Embora isso não bata com a morte de Augusto, camadas mais profundas revelaram a presença da villa mais antiga, também soterrada pelas pedras e cinzas do vulcão.
Outra descoberta importante é de que a erupção destruiu parte das encostas do norte do monte — até agora, acreditava-se que o desastre havia atingido principalmente as cidades do sul, como Pompeia e Herculano, em 79 d.C. Na antiga casa de campo, descobriu-se um grande armazém e partes da casa de banho privada, mas estudos posteriores terão de ser feitos para comprovar quem era o dono do local.
Fonte: University of Tokyo com informações de Live Science
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