Se você tem um bebê em casa já deve ter percebido que logo nos primeiros meses ele já começou a levar tudo que encontra na frente à boca, inclusive mãos e pés. Bem vinda à fase oral da criança que é exatamente nos primeiros dois anos de vida do bebê, que coincide também com o nascimento dos primeiros dentinhos. E é exatamente nesse período que um objeto simples começa a ter uma importância fundamental para a saúde bucal do seu filho: o mordedor.
Nesse período, todo o tato da criança parece estar na boca. “Isso faz com que eles tenham contato com o mundo levando tudo à boca, por isso, é importante tomar cuidado com a higienização do que é ofertado às crianças nessa fase”, diz Gabriel Politano, odontopediatra e professor da Faculdade São Leopoldo Mandic.
É nessa fase também (mais especificamente a partir dos seis meses) que os primeiros dentinhos começam a apontar na gengiva do bebê podendo causar coceira, um pouco de irritação e até dor. Aliás, esse é mais um motivo para as crianças quererem colocar objetos na boca: a tentativa de coçar ou aliviar esses sintomas desagradáveis. E é aí que os mordedores entram.
“Os mordedores podem ajudar a aliviar os sintomas de erupção. Além disso, é um objeto desenvolvido para ser levado à boca, por isso, é melhor do que outros eventuais brinquedos que poderiam ser perigosos”, diz o especialista.
Feitos de plástico, silicone, tecido ou vinil, eles podem ser encontrados em formatos variados como bichos, personagens de desenhos infantis, figuras geométricas e partes do corpo e, além de úteis para a saúde bucal, também funcionam como brinquedos e uma boa distração para o bebê.
Ajuda na higienização
Alguns modelos vão mais longe e até auxiliam na higienização da boquinha do bebê. “Há alguns modelos no mercado que associam cerdas para também ajudar na limpeza. Mas, na prática, o ideal é que a partir do primeiro dentinho, os pais comprem uma escova de dente infantil para bebês e iniciem a escovação com ela”, diz o professor.
Modelo ideal
Para não ter problemas com esses objetos é importante ser exigente na hora de comprar um para o seu bebê. “O ideal é que eles sejam feitos com materiais específicos, livres de BPA (substância tóxica encontrada no plástico), higienizáveis e sem peças conectadas para que não possam se soltar na boca do bebê”, diz Gabriel.
Existem também modelos que possuem gel no interior e devem ser colocados na geladeira, pois baixas temperaturas dão maior alívio à irritação da gengiva causada pela pressão dos dentes.