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Aplicação de laser pode frear evolução de cárie nos dentes

5 nov 2013 - 07h05
(atualizado às 07h05)

Uma pesquisa da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP) da USP mostrou resultados favoráveis no uso de laser para a prevenção de cárie radicular (na raiz dos dentes). A técnica substituiria a caneta de alta rotação, o famoso “motorzinho”, uma vez que seu objetivo é prevenir a evolução do problema para que não sejam necessários métodos de restauração.

Uma pesquisa da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP) da USP mostrou resultados favoráveis no uso de laser para a prevenção de cárie radicular (na raiz dos dentes)
Uma pesquisa da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP) da USP mostrou resultados favoráveis no uso de laser para a prevenção de cárie radicular (na raiz dos dentes)
Foto: Shutterstock

A cárie radicular é uma das principais causas de perda dos dentes em adultos e acomete cerca de 40% a 60% da população. Este tipo de lesão atinge mais pessoas acima dos 50 anos. Isso porque, por motivos fisiológicos ou patológicos, ocorre a retração da gengiva, com isso a raiz do dente fica descoberta e, assim, mais suscetível à cárie.  “Como na raiz não tem esmalte para proteção da dentina, esse tipo de lesão é mais rápida”, diz a professora Regina Guenka Palma-Dibb, da FORP da USP, que orientou a pesquisa.

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A prevenção e controle de cárie atualmente são feitos com aplicação de flúor e controle do biofilme oral (placa bacteriana). Mas, segundo a professora, o efeito do flúor se mostrou mais limitado que o do laser. A pesquisa comprovou que o tratamento possui uma boa eficiência na remoção da cárie e tem alta aceitabilidade pelo paciente. “O laser proporciona um tratamento mais tranquilo, pois não produz o barulho dos motorzinhos, e, em cavidades não muito fundas, normalmente não precisa de anestesia”, afirma Regina. 

Ainda assim, a professora lembra que para prevenir a cárie, o ideal é fazer uma boa limpeza diária e evitar a ingestão de açúcar entre as refeições.

Crianças

Uma outra pesquisa desenvolvida pelo mesmo time foi realizada com 35 crianças de 7 a 9 anos de idade, que tinham sinais da doença cárie e algumas lesões iniciais. Desta vez, o laser foi aplicado nos dentes de leite e permanentes para prevenir a cárie oclusal (esmalte).  Apenas uma aplicação foi feita, e os pacientes foram acompanhados a cada seis meses durante dois anos.

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Os dentes de leite que caíram foram avaliados em laboratório para verificar se o tratamento realmente tinham surtido efeito, além do visualizado clinicamente. Em comparação com o tratamento convencional – resina e flúor –, o estudo teve resultado favorável para o uso de laser. 

A cárie coronária é o tipo mais comum que ocorre tanto em criança como em adultos. A lesão é localizada nas superfícies de mastigação ou entre os dentes. “Em crianças, isso ocorre devido à falta de habilidade em passar o fio dental”, diz a professora.

No caso de prevenção de cárie de esmalte, o laser deve ser reaplicado a cada seis meses em dentes permanentes e nove meses em dente de leite. Não é preciso preparo prévio para a aplicação, os dentes apenas precisam estar limpos e secos.   

Tempo

Segundo Regina, os equipamentos de laser já podem ser usados em consultório. O escolhido para a pesquisa clínica possui registro na ANVISA e já é comercializado, porém, o custo é alto. Outro ponto que pode atrasar a utilização deste tratamento é que o profissional precisa saber aplicá-lo para que não haver danos ao paciente. “É um equipamento que precisa de habilidade e conhecimento”, afirma. 

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Fonte: Agência Beta Este conteúdo é de propriedade intelectual do Terra e fica proibido o uso sem prévia autorização. Todos os direitos reservados.
Fonte: Terra
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