Com a chegada do verão e o reforço das ações do Dezembro Laranja, campanha nacional de prevenção ao câncer de pele, a atenção se volta para grupos mais vulneráveis à radiação solar. Entre eles, estão as gestantes, que passam por alterações hormonais capazes de modificar a sensibilidade da pele e aumentar o risco de manchas, como o melasma, além de outros danos a pele.
Durante a gravidez, mudanças hormonais afetam diretamente a produção de melanina, o que torna a pele mais reativa à exposição solar. Segundo especialistas, quando esses cuidados são negligenciados, as manchas podem se intensificar e se tornar mais difíceis de tratar após o parto, impactando não apenas a estética, mas também a saúde da pele a longo prazo.
De acordo com a dermatologista Dra. Camille Maia, do Grupo Santa Joana, a fotoproteção deve fazer parte da rotina diária das gestantes. "A gestação é um período em que a pele se torna mais suscetível a manchas. O protetor solar passa a ser um aliado indispensável, pois ajuda a prevenir danos que podem ser permanentes. Cuidar da pele é também uma forma de cuidado com a saúde da mulher e do bebê", explica.
Fotoproteção diária e cuidados essenciais
A recomendação médica é que gestantes utilizem protetor solar com FPS mínimo de 50, reaplicando o produto ao longo do dia, inclusive em ambientes fechados ou em dias nublados, já que a radiação UV atravessa nuvens e vidros. Além disso, o uso de barreiras físicas, como chapéus de aba larga, roupas com proteção UV e óculos escuros, é altamente indicado, sobretudo nos horários de maior incidência solar.
Outro ponto é a hidratação da pele, que ajuda a reduzir o ressecamento e pode contribuir para a prevenção de estrias. Cremes e loções específicos para o período gestacional devem ser utilizados sempre com orientação médica.
Proteção solar nos primeiros meses do bebê
Os cuidados com o sol continuam após o nascimento. Bebês com menos de seis meses não devem usar protetor solar, pois a pele ainda é muito fina e permeável, incapaz de metabolizar com segurança os componentes dos filtros solares.
Segundo a pediatra Dra. Clery Galacci, também do Grupo Santa Joana, a proteção nessa fase deve ser exclusivamente física. "A pele do bebê é imatura e sensível. O ideal é evitar a exposição solar direta, priorizando sombra, roupas leves, chapéus e ambientes ventilados. Esses cuidados simples são fundamentais para prevenir queimaduras e reduzir riscos futuros", afirma.
Passeios ao ar livre devem ser planejados antes das 10h e após as 16h, quando a radiação solar é menos intensa. Carrinhos com capotas ajustáveis e tecidos com filtro UV também ajudam a proteger a pele do bebê.