Dupla jornada segue sendo realidade para 38% das mulheres

Pesquisa revela que 38% das mulheres vivem dupla jornada entre trabalho e casa, evidenciando desigualdades na divisão do tempo e do cuidado

24 dez 2025 - 14h18

Dupla jornada ainda é realidade para muitas mulheres

A dupla jornada, que combina trabalho remunerado e cuidados com a casa e a família, segue sendo uma realidade para 38% das mulheres brasileiras.

Segundo o Check-up de Bem-Estar 2025, pesquisa realizada pela Vidalink com 11.600 profissionais de 250 empresas de grande porte em todo o país, esse número evidencia um cenário preocupante.

Enquanto isso, entre os homens, apenas 24% afirmam viver essa mesma rotina, o que evidencia uma diferença significativa na divisão do tempo e das tarefas do dia a dia.

Essa desigualdade reflete não apenas hábitos individuais, mas padrões estruturais presentes no cotidiano feminino.

Impacto na saúde e bem-estar feminino

Essa sobrecarga ajuda a explicar por que os índices de bem-estar, saúde física e saúde mental seguem piores entre mulheres.

Dupla jornada segue sendo realidade para 38% das mulheres
Dupla jornada segue sendo realidade para 38% das mulheres
Foto: Shutterstock / Saúde em Dia

A pesquisa ainda aponta que, enquanto 58% dos homens afirmam passar a maior parte do dia exclusivamente no trabalho, esse percentual cai para 39% entre as mulheres, que precisam dividir o tempo entre diferentes funções.

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Consequentemente, a acumulação de responsabilidades contribui para maior estresse, cansaço e dificuldade em manter hábitos saudáveis, mostrando como a desigualdade na divisão de tarefas impacta diretamente o bem-estar feminino.

Dupla jornada: um problema estrutural

Os dados reforçam que a sobrecarga cotidiana não é apenas uma questão individual, mas estrutural.

A dificuldade de conciliar trabalho, cuidados e tempo pessoal impacta diretamente o autocuidado, a saúde emocional e a qualidade de vida das mulheres.

Portanto, discutir bem-estar passa necessariamente por enfrentar desigualdades na organização da rotina.

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Sem mudanças na divisão do cuidado e no suporte à vida pessoal, a dupla jornada tende a permanecer como um obstáculo persistente para a saúde e o bem-estar feminino.

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