O recente anúncio do término deDiogo Nogueira e Paola Oliveira reacendeu o debate sobre como o fim de um relacionamento pode impactar a saúde mental.
Mais do que um episódio envolvendo pessoas públicas, separações amorosas fazem parte da vida de milhões de brasileiros e, muitas vezes, representam um período de grande vulnerabilidade emocional.
Encerrar uma relação costuma provocar uma ruptura que vai além do aspecto afetivo. Rotinas são desfeitas, planos precisam ser revistos e a identidade construída a partir do vínculo passa por um processo de reorganização.
Por isso, é comum que o término seja vivido como uma forma de luto, mesmo quando ocorre de maneira consensual.
O impacto emocional do término
Tristeza, frustração, sensação de perda, ansiedade e solidão estão entre as reações mais frequentes após o fim de um relacionamento. Esses sentimentos podem surgir de forma imediata ou aparecer gradualmente, à medida que a ausência do outro se torna mais concreta no cotidiano.
O cérebro, acostumado à convivência e à previsibilidade da relação, precisa de tempo para se adaptar à nova realidade.
Durante esse período, alterações no sono, no apetite, dificuldade de concentração e queda de energia não são incomuns.
Quando o sofrimento merece atenção
Embora o sofrimento emocional faça parte do processo, alguns sinais indicam que o impacto do término pode estar ultrapassando o esperado.
Isolamento social prolongado, sensação persistente de vazio, irritabilidade constante, perda de interesse por atividades antes prazerosas e pensamentos recorrentes de culpa ou desvalorização são alertas importantes.
Nesses casos, o cuidado com a saúde mental se torna essencial. Assim, ignorar esses sintomas pode contribuir para o agravamento do quadro emocional e dificultar a retomada do bem-estar.
Autocuidado como parte da recuperação
Após uma separação, práticas de autocuidado ajudam a reorganizar emoções e reduzir o estresse. Manter uma rotina mínima, priorizar o descanso, retomar atividades físicas e preservar vínculos sociais são estratégias que auxiliam no processo de adaptação.
A atividade física, por exemplo, tem papel relevante na regulação do humor e na redução da ansiedade, além de contribuir para a sensação de controle e autonomia em um momento de instabilidade emocional.
Um processo individual e necessário
Cada pessoa vivencia o fim de um relacionamento de forma diferente, e não existe um prazo definido para "superar" uma separação. Respeitar o próprio tempo e reconhecer as emoções envolvidas é parte fundamental do processo.
Mais do que um evento pontual, o término pode ser encarado como uma fase de transição.
E quando atravessado com atenção à saúde mental, esse período pode se transformar em um momento de autoconhecimento, fortalecimento emocional e reconstrução de novas perspectivas.