Oferecimento

Fisioterapeuta cria rede de apoio para mulheres com câncer de mama

Por meio da Comunidade Anjo Rosa, Mariana Fernandes acolhe pacientes e familiares diante do diagnóstico e do tratamento da doença

31 out 2025 - 12h18
(atualizado às 13h27)

Quando a fisioterapeuta Mariana Fernandes, especialista em câncer de mama, descobriu que enfrentaria o mesmo diagnóstico de tantas pacientes que já havia ajudado, nasceu nela o desejo de ser mais do que uma profissional da saúde e se tornar um ombro amigo. Foi assim que surgiu a Comunidade Anjo Rosa, uma rede de apoio e informação online voltada para mulheres que convivem com a doença.

Por meio da Comunidade Anjo Rosa, Mariana Fernandes acolhe pacientes e familiares diante do diagnóstico e do tratamento do câncer de mama
Por meio da Comunidade Anjo Rosa, Mariana Fernandes acolhe pacientes e familiares diante do diagnóstico e do tratamento do câncer de mama
Foto: Reprodução/Instagram/@mari.anjorosa / Bons Fluidos

A descoberta do câncer de mama

Para a especialista, nada acontece por acaso, nem mesmo o diagnóstico. Mariana conta que, desde a faculdade de Fisioterapia, sempre teve apreço por estudar o câncer de mama. O tema, inclusive, foi o foco do seu trabalho de conclusão de curso. Além disso, ao iniciar a carreira profissional, ela se dedicou a ajudar mulheres durante o tratamento da doença.

Publicidade

Em 2020, no entanto, após descobrir um nódulo localizado, ela passou de médica para paciente. "A vida muda completamente. Eu senti que morri no dia em que recebi o diagnóstico. E renasci uma pessoa completamente diferente, só que com as mesmas memórias. Isso é uma loucura. Você volta para a sociedade, para a sua família, para os seus amigos sendo você, mas sente essa diferença", detalha.

Fernandes enfrentou um primeiro ciclo de tratamento, com mastectomia bilateral e hormonoterapia, mas, um ano e meio depois, a doença retornou de forma mais agressiva. Nesse momento, ela relata que sentiu uma certa solidão. "Mesmo tendo muito acesso e tanta gente ao me redor, eu me senti muito sozinha", diz.

Nasce a Comunidade Anjo Rosa

De acordo com a fisioterapeuta, o que mais a ajudou a encontrar acolhimento foi o Instituto Oncoguia, um portal que fornece informações especializadas para pacientes com câncer. Ela considera que a ONG atuou como uma luz em um "quarto escuro". Pouco depois, Mari teve um sonho que despertou nela o desejo de também iluminar a vida de mulheres em situações semelhantes à sua.

"Eu falava para o meu marido: 'Eu preciso fazer alguma coisa, não sei o quê'. E eu sonhei com esse nome, Anjo Rosa. Muitas pessoas acham que o meu nome é Mari AnjoRosa, porque isso virou parte de mim. Quando acordei, já sabia o que queria fazer. Falei para ele: 'Eu vou fazer alguma coisa'", narra.

Publicidade

Assim, nasceu a Comunidade Anjo Rosa, uma plataforma gratuita criada para fornecer informações confiáveis e amparar pacientes, além de seus familiares. Hoje, com mais de seis mil OncoFriends, como são chamados os participantes, a rede de apoio, em parceria com o Oncoguia, oferece conhecimento, suporte e acolhimento diante do diagnóstico e do tratamento de câncer.

"Tudo o que eu sou hoje devo à minha família, às minhas OncoFriends e a toda essa estrutura, porque a gente não é nada sozinha. A rede de apoio é tudo. Existem tantas formas de ajudar que as pessoas, muitas vezes, ficam perdidas. Mas a rede de apoio nada mais é do que o lugar onde aprendemos como ajudar e o que fazer após a descoberta do diagnóstico", conclui Mari.

Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se