Nesta quinta-feira (28), a imprensa argentina divulgou áudios que indicam um suposto esquema de corrupção no governo de Javier Milei envolvendo a Agência Nacional de Deficiência (ANDIS). As gravações, atribuídas a Diego Spagnuolo, ex-diretor do órgão, mencionam o envolvimento de Karina Milei, irmã do presidente, e de Eduardo "Lule" Menem, subsecretário de Gestão Institucional do governo.
Acusação contra o governo Milei
A investigação sobre um suposto esquema de suborno na compra de medicamentos ganhou destaque na semana passada, quando a Justiça realizou buscas. Nos áudios, Spagnuolo alega que o desvio de dinheiro pode chegar a 8% do valor de cada contrato. Isso daria um total que varia entre US$ 500 mil e US$ 800 mil mensais. Além disso, afirma que somente Karina Milei receberia cerca de 3%.
O ex-diretor, sem citar nomes diretamente, declarou: "Eles roubaram todo mundo, não só a mim. Eles têm frentes de conflito em todos os lugares". Ele também alega ter discutido a situação diretamente com o presidente Javier Milei. No entanto, nada foi resolvido.
Apesar da circulação dos áudios, a Justiça ainda não confirmou a veracidade das gravações e não fez prisões ou acusações formais, mantendo o caso sob sigilo judicial.
Em resposta às denúncias, o presidente Javier Milei classificou as acusações contra sua irmã como "mentirosas" em entrevista ao canal argentino C5N. Além disso, prometeu levar Spagnuolo à Justiça para provar que ele mentiu.