Presidente da Coreia do Sul promete apoio a coreanos presos em operação de imigração nos EUA

Centenas de cidadãos do país foram presos em uma batida da imigração dos EUA em uma fábrica de baterias automotivas da Hyundai

6 set 2025 - 12h16
(atualizado às 16h13)
EUA detêm quase 500 imigrantes em fábrica da Hyundai na Geórgia
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O presidente da Coreia do Sul, Lee Jae Myung, ordenou neste sábado, 6, todos os esforços para responder rapidamente às prisões de centenas de cidadãos do país em uma batida da imigração dos EUA em uma fábrica de baterias automotivas da Hyundai Motor.

O ministro das Relações Exteriores, Cho Hyun, disse que o governo montou uma equipe para responder à prisão de mais de 300 coreanos na quinta-feira na fábrica no Estado da Geórgia, no sul dos Estados Unidos, e que ele poderá ir a Washington para se reunir com autoridades, se necessário.

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"Estou profundamente preocupado. Sinto uma grande responsabilidade pelas prisões de nossos cidadãos", disse Cho em uma reunião de emergência do governo.

O incidente pode exacerbar as tensões entre o governo Trump e Seul, um importante aliado e investidor asiático. Os dois países estão divergindo sobre os detalhes de um acordo comercial que inclui US$350 bilhões de investimentos sul-coreanos nos Estados Unidos.

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump
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Um vídeo divulgado pelo Departamento de Imigração e Alfândega dos EUA mostrou trabalhadores asiáticos algemados nos pulsos, na cintura e nos tornozelos entrando em um ônibus após a operação, que envolveu um helicóptero e veículos blindados.

A prisão de cerca de 475 trabalhadores, incluindo mais de 300 coreanos, na fábrica perto de Savannah, parte da crescente repressão do presidente Donald Trump aos imigrantes, foi a maior operação de fiscalização em um único local na história do Departamento de Segurança Interna dos EUA.

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No vídeo, centenas de trabalhadores estavam de pé em frente a um prédio, com alguns vestindo coletes amarelos com nomes como "Hyundai" e "LG CNS". Dois dos trabalhadores se esconderam em um lago antes de serem presos.

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