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Sete em cada dez salas das escolas públicas do país não são climatizadas, aponta Censo

Censo Escolar de 2022 mostra que 764 municípios não possuem o equipamento em nenhuma escola pública

2 out 2023 - 14h22
(atualizado às 14h32)
No Brasil, há 26.815 alunos identificados com altas habilidades ou superdotação nas escolas
No Brasil, há 26.815 alunos identificados com altas habilidades ou superdotação nas escolas
Foto: GettyImages

Sete em cada dez salas de aula de unidades municipais e estaduais no Brasil não são climatizadas, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pelo Censo Escolar de 2022. 

Levantamento feito pelo jornal O Globo, mostra que das 7 maiores cidades brasileiras que já enfrentam temperaturas altas (Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife, Fortaleza, Manaus, Belém e Goiânia), apenas 3 delas - as capitais do Rio de Janeiro, Pernambuco e Amazonas - possuem mais da metade das salas com sistema de climatização.

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Conforme a definição do Inep, que é o responsável pelo Censo, salas de aula climatizadas são aquelas que estão equipadas com dispositivos (como ar-condicionado, aquecedor ou climatizador) em operação para manter uma temperatura confortável.

As duas maiores redes estaduais de ensino têm os índices mais baixos de climatização: em São Paulo, apenas 10% das salas estão climatizadas, enquanto em Minas Gerais, esse número é de apenas 8%. 

Em contraste, a rede de ensino de Rondônia, apesar de ser uma das menores do País, apresenta um percentual significativo, com 85% das salas climatizadas.

No Rio de Janeiro, aproximadamente 43% das salas de aula estão climatizadas, e o governo fluminense afirma ter adquirido aparelhos de ar-condicionado para 983 escolas, estando em estudo a instalação em outras 250.

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Em todo o País, 225 municípios possuem pelo menos 95% das salas de aula equipadas com ar-condicionado, enquanto 764 municípios não possuem ar-condicionado em nenhuma escola. 

Diadema, localizada na Região Metropolitana de São Paulo, é a cidade com o maior número de salas de aula sem ar-condicionado, somando quase 1,5 mil salas entre as redes estadual e municipal. No município, o sistema de climatização é composto apenas por ventiladores.

"Equipamentos adequados às necessidades das unidades escolares quando se considera o clima regional", enfatizou a a Prefeitura de Diadema por meio de nota. 

Já a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informou que "destinou R$ 70 milhões para a compra de aparelhos de ar-condicionado para as escolas, e que R$ 50 milhões já foram liberados para 210 unidades". 

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Já o governo do Tocantins afirmou que estuda a redução do tempo de aula em cada escola.

Fonte: Redação Terra
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