Pandemia ainda repercute em índice de atraso escolar entre os mais novos no Brasil, diz IBGE

Levantamento também mostrou que aumentou o número de crianças de 0 a 5 anos de idade fora da escola por opções dos pais ou responsáveis

3 dez 2025 - 10h00
Resumo
O índice de crianças brasileiras de 6 a 10 anos na série adequada à idade caiu para 90,7% em 2024, reflexo da pandemia, enquanto aumentou o percentual de crianças de 0 a 5 anos fora da escola, especialmente na Região Norte.
Pandemia ainda repercute em índice de atraso escolar entre os mais novos no Brasil, diz IBGE
Pandemia ainda repercute em índice de atraso escolar entre os mais novos no Brasil, diz IBGE
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Diminuiu a proporção de crianças de 6 a 10 anos que frequentam a série adequada à sua idade no Brasil por mais um ano seguido. Segundo a Síntese de Indicadores Sociais divulgada pelo IBGE nesta quarta-feira, 3, entre 2019 e 2024, esse indicador caiu de 95,7% para 90,7%, o que pode indicar um impacto persistente da pandemia de Covid-19.

"Uma possível explicação para esse fenômeno seria um retardo na entrada das crianças na pré-escola, etapa obrigatória da educação infantil, ainda no período pandêmico, repercutindo no ingresso com atraso no ensino fundamental", diz trecho do levantamento do IBGE. 

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No grupo de 6 a 14 anos, o índice de atraso escolar ficou em 94,6%, ligeiramente abaixo do estabelecido no Plano Nacional de Educação (PNE), instituído por lei com metas para a educação brasileira, cujo prazo de cumprimento foi prorrogado para dezembro deste ano. Na Meta 2, está previsto que 95% das pessoas concluam o ensino fundamental na idade adequada.  

Ainda com relação às crianças menores, em comparação a 2022, houve aumento no percentual de crianças de 0 a 5 anos de idade fora da escola por opção dos pais ou responsáveis. O motivo é citado por 59,9% dos pais de crianças de 0 a 3 anos e por 48,1% dos pais de crianças de 4 a 5 anos, mesmo a matrícula na educação básica sendo obrigatória a partir dos 4 anos de idade no País. 

Por outro lado, constata-se queda no percentual dos demais motivos, incluindo daqueles que exprimem falhas na oferta da educação básica, tais como: não tem escola/creche na localidade; falta de vagas; e escola não aceita a criança em razão da idade.

Somados, em 2024, esses motivos totalizaram 33,3%, em relação às crianças de 0 a 3 anos e 39,4% às de 4 a 5 anos de idade. A Região Norte se sobressaiu na falha de cobertura: 41,2% das crianças de 0 a 5 anos que não frequentavam a escola estavam nessa condição por falta de escolas, vagas ou por não terem sido aceitas em razão da idade. 

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Fonte: Portal Terra
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