Moraes pede perícia médica para autorizar cirurgias de Bolsonaro

O ministro afirmou que os laudos enviados pela defesa do ex-presidente estariam desatualizados

11 dez 2025 - 12h30
(atualizado às 14h53)
Resumo
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, solicitou perícia médica para decidir sobre a autorização de cirurgias do ex-presidente Jair Bolsonaro, ressaltando a ausência de laudos atuais que confirmem a necessidade imediata das intervenções.
Moraes pede perícia médica antes de decidir sobre cirurgias solicitadas por Bolsonaro
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou, nesta quinta-feira, 11, a realização de perícia médica para decidir se autoriza as intervenções cirúrgicas pedidas pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro. Na justificativa para a solicitação, Moraes diz que o condenado passou por exame médico-legal no momento em que foi preso, e não houve registro de situação que necessitasse de cirurgia.

Além disso, o ministro afirmou que os laudos apresentados pela defesa de Bolsonaro, assinados pelos médicos Cláudio Birolini, Maria Grazziotin Pasolini e Leandro Santini Echenique, não trariam exames atuais.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em imagem de arquivo
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em imagem de arquivo
Foto: LC MOREIRA/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO

"O mais recente foi realizado há 3 (três) meses, sem que à época os médicos tenham indicado necessidade de imediata intervenção cirúrgica", escreveu Moraes. A perícia médica deverá ser realizada em até 15 dias.

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Na terça-feira, 9, os advogados de Jair Bolsonaro encaminharam ao STF um pedido para que ele fosse autorizado a ser levado a um hospital em Brasília para a realização de cirurgias consideradas "essenciais" por seus médicos. 

No documento, a defesa apontou que Bolsonaro "precisa passar por cirurgia tanto para tratamento do quadro de soluços, sequela das cirurgias já registradas nos presentes autos, como em razão da piora do diagnóstico de hérnia inguinal unilateral, que também indica a necessidade de intervenção cirúrgica".

Além da remoção para a realização das cirurgias, a defesa solicitou a concessão de prisão domiciliar humanitária para o cumprimento integral da pena. Por fim, pediu ainda a autorização para deslocamento exclusivo para tratamento médico perante comunicação prévia ou, em casos de urgência, posterior.

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Fonte: Portal Terra
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