O Itamaraty chamou de ‘ofensas, inverdades e grosserias inaceitáveis’ as críticas do ministro da Defesa e ex-chanceler israelense, Israel Katz, contra o Brasil e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Mais cedo, o representante do governo de Israel chamou o presidente brasileiro de antissemita "apoiador do Hamas" e o associou ao líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei.
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"O ministro da Defesa e ex-chanceler israelense, Israel Katz, voltou a proferir ofensas, inverdades e grosserias inaceitáveis contra o Brasil e o presidente Lula", escreveu no X o Itamaraty.
"Espera-se do sr. Katz, em vez de habituais mentiras e agressões, que assuma a responsabilidade e apure a verdade sobre o ataque de ontem contra o hospital Nasser, em Gaza, que provocou a morte de ao menos 20 palestinos, incluindo pacientes, jornalistas e trabalhadores humanitários", continua a nota.
Segundo ainda a resposta do governo brasileiro, as operações militares israelenses em Gaza já resultaram na morte de 62.744 palestinos, dentre os quais um terço são mulheres e crianças, e em uma política de fome como arma de guerra imposta à população palestina.
"Como Ministro da Defesa, o senhor Katz não pode se eximir de sua responsabilidade, cabendo-lhe assegurar que seu país não apenas previna, mas também impeça a prática de genocídio contra os palestinos", finaliza.