Postos de combustíveis de empresário ligado ao PCC são alvo de operação da polícia

Polícia Civil realiza ação em cinco estabelecimentos de Mohamad Hussein Mourad na Baixada Santista, litoral de São Paulo

21 out 2025 - 09h53
(atualizado às 10h59)
Resumo
A Polícia Civil realizou uma operação na Baixada Santista contra postos de combustíveis ligados a Mohamad Hussein Mourad, suspeito de envolvimento com o PCC em esquemas de lavagem de dinheiro e adulteração de combustíveis.
O dono dos postos seria o empresário Mohamad Hussein Mourad, suspeito de ter ligação com a lavagem de dinheiro da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC)
O dono dos postos seria o empresário Mohamad Hussein Mourad, suspeito de ter ligação com a lavagem de dinheiro da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC)
Foto: Reprodução

Cinco postos de combustíveis da Baixada Santista, no litoral de São Paulo, são alvos de uma operação da Polícia Civil nesta terça-feira, 21. O dono dos postos seria o empresário Mohamad Hussein Mourad, suspeito de ter ligação com a lavagem de dinheiro da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A polícia cumpre mandados de busca e apreensão nos estabelecimentos pela Operação Octanagem.

Mourad também foi investigado pela Operação Carbono Oculto, que revelou que o PCC estava infiltrado na rede de distribuição de combustíveis adulterados em todo o Brasil. Seis mandados de busca e apreensão são cumpridos nesta terça, sendo três em postos na cidade de Praia Grande, dois em Santos e um em Araraquara, no interior paulista.

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Os postos estavam no nome de Himad Mourad, primo de Mohamad, apontado como um dos principais laranjas do esquema de sonegação fiscal, adulteração de combustíveis e lavagem de dinheiro.

Em pelo menos um dos postos alvos da Operação Octanagem foi constatada adulteração no combustível, além de fraude volumétrica, com bombas que dispensam menos combustível do que o indicado no visor.

Segundo o delegado Tiago Fernando Correia, da 3ª Divisão de Investigação sobre Crimes contra a Administração e Combate a Lavagem de Dinheiro (Dicca), responsável pela operação, a nova operação mira a parte “varejista” da facção, que funciona mesmo depois da Operação Carbono Oculto.

“Estamos analisando esses postos para saber se estão em condições adequadas para o consumo, se há sonegação fiscal e descobrir quem são os sócios ocultos com envolvimento nesse esquema criminoso”, disse o delegado.

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Além da Polícia Civil, agentes da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) e Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo também participam da ação.

A Operação Carbono Oculto aconteceu em agosto, e reuniu cerca de 1,4 mil agentes para cumprir mandados de busca, apreensão e prisão com o objetivo de desarticular um esquema criminoso bilionário no setor de combustíveis, controlado pelo PCC.

O nome da operação Octanagem faz alusão ao termo usado para medir a capacidade de resistência do combustível ao ar. Para a ação, que segue em andamento, foram mobilizados 32 policiais civis, além de equipes da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Araraquara. Os casos serão registrados na 3ª Dicca, do DPPC.

Fonte: Portal Terra
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