A combinação de fim de ano com férias escolares normalmente resulta em pegar estrada para fugir das rotinas das grandes cidades, porém o momento do abastecimento pode ser de tensão devido a quantidade de fraudes que têm acontecido.
Além da adulteração de combustível, o 'golpe da bomba baixa' é comum e ele permite que a bomba forneça menos combustível do que a quantidade informada no respectivo painel. Portanto o motorista está pagando por uma quantidade de combustível incompatível com o abastecimento real.
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O visor pode mostrar, por exemplo, que o tanque do carro recebeu 40 litros, mas na prática pode ser (bem) menos. Para que isso aconteça, chips são instalados nas bombas para manipular tanto o medidor de combustível quanto o visor da bomba.
Para resolver essa questão foi criada pelo Inmetro em parceria com fabricantes e revendedores uma bomba medidora criptografada que impede qualquer adulteração no abastecimento. "Essas bombas contam com tecnologia que inibe fraudes metrológicas, garantindo mais precisão no abastecimento e transparência para o consumidor. Além disso, seguem padrões rigorosos de qualidade, oferecendo mais segurança e confiança", afirma o Instituto.
A nova bomba "assina" cada abastecimento com um "carimbo digital" que só pode ser lido, não alterado. Se alguém tentar burlar os pulsos eletrônicos, o sistema trava ou registra tentativa de fraude. E ela segue o Regulamento Técnico Metrológico nº 227/2022 do Inmetro.
Diante de tanta vantagem em relação a bomba 'antiga' a nova criptografada será obrigatória até 2029 e a implementação será gradual. Já são 188 postos equipados com 507 bombas antifraude no estado de São Paulo.
Uma ferramenta online do Ipem-SP (Instituto de Pesos e Medidas) indica quais são os postos e onde estão localizados. O painel é atualizado em tempo real e permite a busca por cidades com o resultado do nome do posto e o endereço.
"O Ipem-SP, além de ampliar esse cadastro com base nos postos percorridos pelas nossas equipes de fiscalização, que averiguam que as novas bombas medidoras estão instaladas, também será comunicado pelos fabricantes sobre quais postos adquiriram o novo equipamento, e com isso o sistema vai ampliando. Importante salientar que a nova tecnologia antifraude garante maior segurança sobre a quantidade de produto fornecido e não a qualidade dos combustíveis", afirma o superintendente do Ipem-SP, Marcos Heleno Guerson de Oliveira Junior, em entrevista ao portal do Instituto.
