Como reflexo do interesse do consumidor pelos SUVs, o segmento de hatches no Brasil tem encolhido cada vez mais. Em números, a Fenabrave aponta que a participação da categoria recuou de 25,82% em agosto para 24,94% em setembro. Isso, claro, reflete no portfólio das montadoras, que têm deixado o segmento de lado. O Renault Sandero, por exemplo, já se despediu do Brasil, mas, na Europa, onde é vendido por meio da marca Dacia, ganhou novidades recentemente. Inclusive, tem até um elemento que poderia beneficiar o Kardian por aqui.
A linha 2026 do Sandero, que chega às lojas do Velho Continente nos próximos dias, adota design atualizado que vai ao encontro do que é visto nos novos modelos da Dacia. Tem, por exemplo, características pontuais, como os faróis com assinatura de LEDs em pixels na mesma largura da grade, como visto no Spring (o Kwid de lá) e no Duster, por exemplo. O interior também traz novidades, como material sintético que imita couro, nova alavanca de câmbio (a mesma do Kardian), além de painel digital e central multimídia atualizada com 10 e compatibilidade com Apple CarPlay e Android Auto sem fio. Mas o que chama atenção é a nova motorização híbrida, a mesma do Clio.
Sandero e Stepway (irmão do Sandero com pinta de aventureiro, para quem não se lembra) estreiam a motorização full hybrid, que une o motor 1.8 a gasolina com quatro cilindros e dois motores elétricos. No total, gera potência de 160 cv e torque de 17,3 mkgf. De acordo com o padrão europeu, a média de consumo fica em excelentes 22 km/l.
Ainda não há confirmação oficial, porém, como a arquitetura utilizada no Sandero híbrido europeu é a mesma da plataforma CMF-B, compartilhada com o Renault Kardian, fabricado em São José dos Pinhais (PR), o Grupo Renault pode estar preparando uma atualização mecânica para o Kardian brasileiro. O SUV pequeno, cabe recordar, sequer tem eletrificação.
Outros motores
Ademais, o Sandero ainda oferece, na Europa, o 1.0 SCe, com 65 cv (o mesmo do Kwid, no Brasil), e o 1.0 TCe, parecido com o utilizado pelo Kardian, mas com cerca de 100 cv. Por fim, a marca mantém, também, o Eco-G 120, que é capaz de mover o Dacia Sandero com GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) e tem autonomia total de 1.590 km. Isso é mérito do motor 1.2 turbo de três cilindros e 120 cv que trabalha em conjunto com as transmissões manual ou de dupla embreagem e seis marchas.
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