Anfavea pede teto de 5% no Imposto Seletivo para evitar alta no preço dos carros

Entidade quer limite para novo tributo da Reforma Tributária, sob risco de encarecer veículos e travar R$ 190 bi em investimentos no Brasil

24 set 2025 - 15h31
Volkswagen Tera Comfort TSI Automático
Volkswagen Tera Comfort TSI Automático
Foto: Divulgação

A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) defende a criação de um teto de 5% para o Imposto Seletivo sobre automóveis e veículos leves. A medida, que será debatida pelo Senado nesta quarta-feira, 24, busca dar previsibilidade às empresas e evitar que a nova carga tributária encareça o preço dos carros no Brasil.

Reforma Tributária em debate no Senado

O Senado vota nesta quarta-feira uma nova etapa da regulamentação da Reforma Tributária. O texto já prevê teto de alíquotas para outros setores, mas o automotivo ainda não foi contemplado.

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“Não estamos pedindo tratamento especial, mas que seja estendido ao setor a mesma lógica já aplicada a outros setores sujeitos ao Imposto Seletivo. O governo prometeu um imposto regulatório e corremos o risco de ter uma nova base de tributação em patamares elevadíssimos, o que pode encarecer os automóveis, penalizando os consumidores”, afirmou Igor Calvet.

Jeep Compass Sport 2025
Foto: Divulgação Jeep

De acordo com a Anfavea, sem um limite, o imposto pode começar em 10% e chegar a 35%. Isso poderia encarecer veículos novos, reduzir vendas e incentivar a permanência de carros antigos e menos seguros na frota nacional.

Previsibilidade e investimentos

De acordo com a entidade, a fixação do teto manteria a arrecadação atual e também garantiria segurança jurídica para preservar os R$ 190 bilhões em investimentos já prometidos pela indústria automotiva nos próximos anos.

Renault Boreal 2026
Foto: Renault/Divulgação

A Anfavea também critica a inclusão dos automóveis no mesmo grupo de produtos nocivos à saúde. “Ao alargar o entendimento do que seriam produtos nocivos à saúde para formular o Imposto Seletivo, o governo colocou bens sabidamente prejudiciais, caso de cigarros e bebidas alcoólicas, ao lado de um item essencial à população: o automóvel”, explica a nota oficial da entidade.

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