Atleta brasileira critica classificação dos atletas nas Paralimpíadas: 'É uma zona'

Após conquista da medalha, Mariana Gesteira criticou a organização do megaevento

3 set 2024 - 17h41

Após a conquista do bronze nesta terça (3), Mariana Gesteira fez duras críticas à forma como os atletas são classificados nas Paralimpíadas. Ela ficou em terceiro na prova dos 100m costas S9, com o tempo de 1min09s27. Em entrevista dada ao Olimpíada Todo Dia - OTD, ela declarou que "cada um faz o que quer na cara de todo mundo e está tudo bem".

Mariana durante as classificatórias dos 50m livre S10
Mariana durante as classificatórias dos 50m livre S10
Foto: Lance!

- (...) a gente vem durante a competição sofrendo de alguma forma, diretamente, com classificações injustas no sistema. (...) Então a gente já sabia, a gente entrou para a prova sabendo que o ouro talvez não aconteceria, era bem pouco provável por conta desses erros. De qualquer forma, a gente veio disposta ao nosso melhor, a fazer o que a gente podia para poder estar brigando pelo menos para uma marca melhor. Infelizmente, não consegui fazer a minha melhor marca da vida. Mas eu me esforcei muito, entreguei tudo que podia. Eu tinha muita expectativa de que poderia conquistar essa medalha de ouro - declarou a atleta brasileira.

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- Eu vou ser bem clara, a americana que venceu a prova (...) Ela classificou saindo com o braço só, agora ela sai com os dois. Então, é uma zona, cada um faz o que quer na cara de todo mundo e está tudo bem, ninguém fala nada. Vem se tornando vergonhoso, a gente fica competindo sem a chance de poder estar realmente competindo de forma justa - afirmou Mariana, indignada.

A atleta citada pela brasileira é a americana Christie Raleigh, que bateu o recorde paralímpico com o tempo de 1min07s91 e venceu o ouro. O segundo lugar ficou com a espanhola Nuria Soto com 1min09s24, que foi elogiada por Mariana. A nadadora ainda lamentou seu desempenho na prova e disse que esperava ter nadado melhor.

- A gente está aqui, todo mundo, para fazer o melhor. Fiz o melhor que pude, mas a gente sabe que infelizmente não é justo. Tiro o meu chapéu para a segunda colocada, que realmente é da classe, ligando o toque e está tudo certo. Estou muito feliz por ela também, mas não tem muito o que dizer agora, bate uma frustração em relação a minha marca pessoal e também ao sistema, como as coisas são feitas hoje em dia - disse.

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