Haddad: Governo quis blindar reforma do IR de discussões com tom de 'fúria arrecadatória'

Segundo ele, proposta que amplia isenção do IR e taxa alta renda tem como único fundamento buscar justiça social, e não elevar o nível de receitas da União

16 abr 2025 - 17h34

BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira, 16, que o governo quis blindar o projeto da reforma do Imposto de Renda com tom de "fúria arrecadatória". Segundo ele, a proposta tem como único fundamento buscar justiça social, e não elevar o nível de receitas da União.

"Não queremos arrecadar um centavo a mais, não queremos arrecadar um centavo a menos para não faltar para saúde e educação", afirmou em entrevista ao programa Sem Censura, da TV Brasil.

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Haddad repetiu que o projeto de ampliação da isenção do IR vai beneficiar 15 milhões de brasileiros, incluindo a isenção de até R$ 5 mil e o desconto parcial para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil.

Ele reiterou que a proposta terá um impacto fiscal de R$ 30 bilhões para os cofres públicos, que serão compensados pela taxação de alta renda, medida que vai atingir 141 mil brasileiros, segundo a Fazenda.

Haddad reiterou que a proposta terá um impacto fiscal de R$ 30 bilhões para os cofres públicos, que serão compensados pela taxação de alta renda.
Haddad reiterou que a proposta terá um impacto fiscal de R$ 30 bilhões para os cofres públicos, que serão compensados pela taxação de alta renda.
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

'Até agora, não apareceu ideia melhor'

Haddad disse que não tem compromisso com "erro ou vaidade" ao reconhecer que o projeto pode - e será - melhorado. Ele disse, no entanto, que "ninguém falou mal" da proposta apresentada, tampouco o Congresso, e que sequer foram feitas fake news sobre a medida.

"Eu acredito que nós criamos um constrangimento moral no País. Olha, o que está sendo dito? O que está errado nesse projeto? A gente está a fim. Dá para melhorar? Claro, óbvio. Você tem uma ideia melhor? Até agora, não apareceu", disse.

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"Levamos mais de um ano para fazer esse projeto. Então, tem que dar um tempo para o povo assimilar. Quem sabe aparece uma ideia melhor ainda, ou que aperfeiçoe. E a Fazenda, o Ministério da Fazenda, é o primeiro a se colocar de forma zero arrogante na mesa", emendou.

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