A taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,4% até outubro de 2025, atingindo o menor índice da série histórica, com 5,9 milhões de desempregados, enquanto a renda média real subiu 3,9% em relação ao mesmo período de 2024.
A taxa de desemprego no Brasil ficou em 5,4% nos três meses até outubro, informou nesta sexta-feira, 28, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em números absolutos, 5,9 milhões de pessoas estão em busca de emprego no País, menor contingente da série histórica iniciada em 2012. Em igual período de 2024, a taxa de desemprego estava em 6,2%.
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Já em relação ao total de pessoas ocupadas no País, a quantidade permaneceu estável no trimestre, chegando a 102,6 milhões de trabalhadores. O nível da ocupação — proporção de pessoas empregadas dentro da população em idade de trabalhar — ficou em 58,8%, mantendo estabilidade tanto frente ao trimestre anterior quanto em relação ao mesmo período de 2024.
Dois dos dez grupamentos de atividade investigados pela pesquisa, dois puxaram a alta da ocupação frente ao trimestre móvel anterior. A Construção cresceu 2,6% (mais 192 mil pessoas) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais cresceu 1,3% (mais 252 mil pessoas). Somadas, essas duas atividades econômicas ganharam mais 444 mil trabalhadores.
Ainda segundo o IBGE, a renda média real do trabalhador foi de R$ 3.528,00 no trimestre encerrado em outubro. O resultado representa alta de 3,9% em relação ao mesmo trimestre de 2024. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 357,3 bilhões no mesmo trimestre, alta de 5,0% ante igual período do ano passado.
População fora da força de trabalho, subutilizada e desalentada
No trimestre terminado em outubro, a população fora da força de trabalho era de 66,1 milhões pessoas. Já a população subutilizada (15,8 milhões) manteve o menor contingente desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014.
A população fora da força de trabalho são pessoas com 14 anos ou mais que não estão ocupadas (trabalhando) nem desocupadas (procurando emprego) na semana de referência da pesquisa. Já a subutilizada representa pessoas que poderiam estar trabalhando mais ou que, apesar de quererem e poderem trabalhar, não estão no mercado por algum motivo.
O Brasil registrou também 2,647 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em outubro. O resultado significa 49 mil desalentados a menos em relação ao trimestre encerrado em julho, um recuo de 1,8%. Em um ano, 352 mil pessoas deixaram a situação de desalento, baixa de 11,7%.
A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.
Empregos com carteira assinada e informalidade
No trimestre encerrado em outubro, o número de empregados com carteira assinada no setor privado foi novamente recorde da série (39,2 milhões), com estabilidade no trimestre e alta de 2,4% (mais 927 mil pessoas) no ano.
O número de trabalhadores por conta própria (25,9 milhões) também ficou estável no trimestre e cresceu 3,1% (mais 771 mil pessoas) no ano. Já a taxa de informalidade foi de 37,8% da população ocupada (ou 38,8 milhões de trabalhadores informais), repetindo os 37,8% (ou 38,8 milhões) do trimestre anterior e abaixo dos 38,9% (ou 39,5 milhões) do trimestre encerrado em outubro de 2024.
