Marcelo Forlani já viveu tanta coisa em 25 anos de Omelete e CCXP que até se perde nas histórias. Durante entrevista para a todateen, ele lembra que, quando criou o site lá no início dos anos 2000, cultura pop ainda engatinhava e quase ninguém falava sobre quadrinhos, games e cinema como se fossem parte do dia a dia. A ideia era justamente juntar tudo isso em um único lugar, já que não existia um portal que tratasse esses assuntos de forma integrada.
Com o tempo, o Omelete cresceu, o público aumentou e os filmes baseados em HQs explodiram. Foi essa onda que abriu caminho para outro passo histórico: a criação da CCXP. A equipe viajou para a San Diego Comic-Con em 2007 e voltou com a missão de trazer um evento à altura para o Brasil. A partir daí, surgiram parcerias com empresas de colecionáveis, artistas, quadrinistas e cosplayers, incluindo campeões mundiais.
Forlani também destaca uma tendência que está dominando o público mais novo: o impacto gigante da Ásia. K-dramas, mangás, videogames japoneses e adaptações orientais estão chamando cada vez mais atenção. Ele comenta que até os filhos dele preferem pegar um mangá antes de olhar para um gibi clássico de super-herói. Para ele, quem ainda não está acompanhando essa virada deveria prestar atenção.
Nos bastidores da CCXP, o caos acontece como em qualquer grande produção. E o mais divertido, segundo ele, é perceber que artistas enormes são gente comum. Tem celebridade que anda pelo evento de máscara para curtir o clima sem ser reconhecida. Ele mesmo já foi surpreendido por visitantes dizendo que cruzaram com atores saindo do banheiro, como se fosse a coisa mais inesperada do mundo.
Para Forlani, esse é o verdadeiro charme da CCXP: cada pessoa vive uma experiência completamente diferente, cheia de encontros aleatórios, descobertas e momentos caóticos que depois viram história.