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Reconhecimento facial apresenta falhas na identificação de pessoas trans

Segundo especialistas, a biometria do rosto apresenta precisão maior que 95%, mas, esta precisão cai para menos de 60% em transgêneros

8 mai 2024 - 12h54
Pessoas trans enfrentam dificuldades em identificação por meio de reconhecimento facial em aplicativos de banco
Pessoas trans enfrentam dificuldades em identificação por meio de reconhecimento facial em aplicativos de banco
Foto: Poder360

O reconhecimento facial — amplamente utilizado por aplicativos de banco para acesso à plataforma — apresenta falhas no reconhecimento de gênero de pessoas trans

Segundo especialistas, a biometria do rosto apresenta precisão maior que 95%, entretanto, esta precisão cai para menos de 60% em transgêneros, segundo dados publicados em reportagem da Folha, baseados em estudos elaborados em universidades dos EUA. 

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Para a identificação facial, os sistemas observam características como a distância entre os olhos, a distância entre a testa e o queixo, o formato da maçã do rosto e o contorno dos lábios, orelhas e queixos. Tais características podem apresentar falhas na identificação de gêneros. 

O projeto "Eu Existo!!" foi criado com o intuito de monitorar e acompanhar a garantia do direito a alteração do registro civil de pessoas trans. Segundo o grupo, relatos sobre a dificuldade em acessar o reconhecimento facial de algumas plataformas são recebidos constantemente.

O projeto colhe imagens de pessoas transgênero para treinar um modelo de inteligência artificial e melhorar a precisão do próprio recurso de reconhecimento facial. As fotos coletadas são usadas para treinar o modelo de inteligência artificial e depois apagadas.

Na reportagem, a Folha cita o exemplo do estudante Ariel Viktor Freitas, que relatou nas redes sociais ter tido problemas para acessar sua conta no Nubank após um ano e meio de tratamento hormonal.

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"Estou tendo problemas porque minha cara mudou", escreveu Ariel no X (antigo Twitter).

À Folha o Nubank diz que, caso haja algum desafio de identificação de legitimidade, conta com procedimentos internos "em constante aprimoramento", que mesclam tecnologia e trabalho humano com equipes treinadas, para confirmar que a solicitação é legítima e evitar contratempos para o cliente.

O uso de reconhecimento facial e suas possíveis falhas ainda não estão regulamentados no Brasil, mas, podem ser inseridos no marco regulatório da inteligência artificial, atualmente em tramitação no Senado. 

Fonte: Redação Byte
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