Desde o final de 2023, atravessar o mar Vermelho e o canal de Suez é um risco que muitas companhias de navegação não estão dispostas a correr. A milícia houthi do Iêmen, apoiada pelo Irã, tem atacado e afundado navios comerciais em represália a alvos ligados direta ou indiretamente a Israel, obrigando milhares de embarcações a desviarem suas rotas marítimas para o cabo da Boa Esperança.
Entre as consequências mais importantes estão os atrasos nas entregas e custos adicionais de milhões. No entanto, desde este verão (no Hemisfério Norte), um tipo muito específico de navio começou a cruzar a zona sem problemas: os que transportam apenas carros chineses. Nenhum ataque, nenhum sequestro, nenhum único incidente. E isso, nesse contexto, não parece coincidência.
O mar Vermelho, um atalho que vale milhões
A economia obtida ao atravessar o canal de Suez em vez de contornar a África é colossal: entre 14 e 18 dias a menos de navegação e várias centenas de dólares a menos por cada carro transportado. Se um navio pode levar 5.000 veículos, estamos falando de milhões de dólares de diferença em cada viagem, além de menos emissões e menor desgaste da frota.
Não é de se estranhar que, para fabricantes como a BYD ou a SAIC Motor, recuperar essa rota seja uma prioridade. Segundo a Lloyd's List Intelligence, apenas em junho e julho, pelo menos 14 navios transportadores de veículos partiram da China rumo à Europa pelo mar Vermelho, todos carregados com automóveis chineses. No mesmo período, ...
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