No front de guerra, não é só com tiro, porrada e bomba que os soldados precisam lidar. Também há riscos silenciosos que são tão perigosos quanto tomar um tiro. É o caso da gangrena gasosa, uma doença típica da 1ª Guerra Mundial, e que agora volta a assombrar os campos de batalha da Ucrânia. O retorno dessa infecção, antes praticamente erradicada na Europa, evidencia as falhas nas rotas de evacuação médica, hoje afetadas por ataques constantes, uso de drones e longos períodos de espera em abrigos improvisados.
Gangrena gasosa: entenda o que é, quais os sintomas e os perigos
A gangrena gasosa é uma infecção bacteriana agressiva, que destrói o tecido muscular a uma velocidade devastadora. Ela é causada por bactérias do gênero Clostridium, muito comuns no solo e no intestino humano, e gostam de se alojar em feridas profundas, sujas, com pouco oxigênio e tecido morto. Até pouco tempo, quase não se ouvia falar dessa doença, mas parece que ela voltou com tudo na Ucrânia.
Além de ser perigosa, quando as bactérias da gangrena gasosa se instalam no corpo, elas causam uma dor sem igual. Bolhas de gás se acumulam sob a pele, produzindo uma sensação de estalo no corpo do ferido; e o músculo muda de cor, incha e se deteriora rapidamente. Após isso, vêm o choque séptico, as falhas respiratórias, circulatórias e, se nada for feito a tempo, a morte.
E por falar em tempo, ele é essencial no tratamento da gangrena gasosa. Sem tratamento imediato, a mortalidade é de quase 100%. Isso porque as ...
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