A Renault foi obrigada a, literalmente, parar as máquinas e interromper a produção de seus carros na fábrica localizada em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba (PR).
O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba informou, em seu site oficial, que a proposta da montadora francesa em relação à Participação nos Lucros e Resultados 2024 (PLR) não foi aceita pelo corpo de funcionários, e os colaboradores resolveram cruzar os braços desde a tarde de terça-feira (7), sem prazo para voltar ao serviço.
"A proposta da Renault que foi rejeitada não contempla as expectativas dos trabalhadores que ainda estão se recuperando das perdas salariais dos acordos anteriores que ainda não foram repostas. A reivindicação é por uma proposta que englobe tanto a PLR já com valor total como a Data Base que recomponha os salários com a reposição da inflação mais aumento real", explicou o presidente do SMC, Sérgio Butka.
Os 3.500 funcionários da linha de produção dos carros da Renault, e os 1.500 do setor administrativo, não foram os únicos a pararem os serviços. Segundo o sindicato, os colaboradores da Horse, fábrica de motores que funciona dentro do Metaverso da Renault, também entraram em greve por não concordarem com os termos da proposta.
Renault contesta prazo
Em nota oficial, a Renault alegou ter sido surpreendida com o início da greve e afirmou que as negociações a respeito das renovações do PPR e do Acordo Coletivo "estavam em andamento".
Segundo a montadora, apesar de o prazo legal para o início da greve não ter sido respeitado, ela segue aberta ao diálogo com os trabalhadores.
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