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Mercado brasileiro de fusões e aquisições em startups sobe 233% em 2019

Levantamento da consultoria de inovação Distrito mostra que setor saltou de 18 para 60 operações do tipo em um ano; negócios foram feitos tanto por grandes empresas como entre startups

23 jan 2020 - 05h11
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O setor brasileiro de startups teve, ao longo de 2019, 60 operações de fusões e aquisições - um crescimento de 233% com relação ao ano anterior, com 18 negócios. Os números fazem parte de estudo da consultoria Distrito, divulgado com exclusividade ao Estado, e mostram a maturidade do ecossistema de inovação do País. O levantamento levou em consideração aquisições e fusões feitas tanto entre startups como por grandes corporações e novatas de tecnologia.

"Mais do que apenas ser um índice do bom momento do mercado, a alta nas fusões e aquisições indica que mais investimentos podem acontecer em startups nos próximos tempos", explica Gustavo Gierun, cofundador do Distrito. "Isso porque essas negociações propiciam "saídas" aos investidores, que podem utilizar o capital para fazer novas apostas. Além disso, gera exemplos de sucesso que motivam novos empreendedores"

Na visão do responsável pela pesquisa, o número de transações também ressalta o interesse das grandes empresas na busca por soluções inovadoras. "Se for fazer uma estimativa, imagino que 90% das companhias hoje está tentando descobrir como inovar", diz Gierun.

Entre as principais negociações realizadas no ano passado, há destaques evidentes. Entre eles, a fusão entre a brasileira Yellow e a mexicana Grin, que resultou na startup de mobilidade Grow, a compra da startup mineira Zup pelo Itaú e até mesmo algumas operações de acqui-hiring, quando uma startup adquire outra interessada em seu time de tecnologia. Foi o que aconteceu, por exemplo, entre o unicórnio Gympass e a portuguesa Flaner, ou entre a catarinense Exact Sales e a goiana Resultys.

Quando considerada a divisão entre setores, destaca-se o setor de adtechs (startups de publicidade e propaganda digital), com 11 operações, seguido por tecnologia da informação, com 10 transações, e fintechs, com 6.

Estadão
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