USP promete posto de reciclagem em agosto na favela São Remo
Obra deveria ter sido inaugurada em abril. Universidade de São Paulo pretende concluir muro e barracão juntos
O contrato para a construção do muro de arrimo do Galpão de Reciclagem da USP foi adiado para 10 de agosto. A conclusão da obra deve coincidir com o término do Galpão de Reciclagem, com previsão de gasto total de R$ 4.740.581,41. Adiamento se deu por conta das chuvas, diz USP.
O muro de arrimo do Galpão de Reciclagem da USP, que deveria ter sido concluído em 13 de abril de 2024, teve o contrato adiado. A nova data é 10 de agosto. A obra está prevista para a favela São Remo, vizinha à Universidade.
O Galpão de Reciclagem será erguido ao lado da entrada do Hospital Universitário, entre ele e a comunidade, da largura de um quarteirão, em área onde passava a rua Cipotânea.
Segundo Miguel Buzzar, da Superintendência de Espaço Físico da USP, responsável pela construção, “houve chuvas no período, que acabaram por atrasar a obra, além do grande volume de entulho e descarte clandestino acumulado no terreno”.
USP promete muro junto com Galpão
A construção do muro de arrimo deverá ser concluída pela mesma empresa que começou, a Hebrom. O valor contratado, de R$ 877.581,41, permanece o mesmo.
Quanto ao Galpão de Reciclagem – cuja construção depende do muro de arrimo – o projeto deve ser concluído até o final de abril. “A partir daí, faremos a licitação da obra, com previsão de cem dias”, diz Buzzar.
A abertura do processo de licitação leva em torno de duas semanas. Segundo o superintendente, a conclusão do Galpão “irá coincidir com o término da obra atual”, ou seja, também em agosto.
Projeto é esperado pela São Remo
O Galpão de Reciclagem, que vai tratar o lixo da USP, está estimado em R$ 4.350.000,00. O gasto com equipamentos será, a princípio, de R$ 390.000,00.
Moradores da favela São Remo dizem que, no local onde será instalado o Galpão, passava a rua Cipotânea. Um ônibus gratuito transitava por ela, décadas atrás. A construção ocupa uma quadra, dividindo a via em duas partes.
Segundo Buzzar, “a rua projetada nunca foi implantada em área da USP e não tem origem em planta aprovada de parcelamento, arruamento, desapropriação ou melhoramento público, conforme parecer da Procuradoria do Município de São Paulo”.