Todas as mulheres podem fazer reposição hormonal na menopausa?
Tratamento promete aliviar sintomas comuns como ondas de calor, insônia, irritabilidade, secura vaginal e perda de massa óssea
A reposição hormonal é um dos tratamentos mais falados quando o assunto é menopausa. Ela promete aliviar sintomas como ondas de calor, insônia, irritabilidade, secura vaginal e perda de massa óssea. Mas apesar de seus benefícios amplamente reconhecidos, nem todas as mulheres podem — ou devem — recorrer a essa intervenção.
"Apesar de serem poucas as contra-indicações, existem mulheres que não podem fazer a reposição hormonal", explica a dra. Paula Fettback, ginecologista especialista em reprodução humana pela FEBRASGO.
Os casos contra-indicados são:
- Mulheres que tiveram ou tem câncer hormônio dependente, como o câncer de mama, ovário e endométrio.
- Mulheres com sangramento uterino sem causa determinada, ou seja, no qual ainda não foi realizado o diagnóstico correto.
- Mulheres com história de eventos trombogênicos prévios como tromboses, embolia pulmonar, infarto e derrame, por exemplo.
- Mulheres com hipertensão arterial descompensada ou com doença hepática grave.
- Mulheres com porfiria, uma doença do sangue genética rara.
Quais são as alternativas à reposição para quem não pode ou não quer fazer?
Alguns fitoterápicos podem ser utilizados para melhorar os sintomas, mas os mesmos devem ser avaliados pelo oncologista antes de iniciar no caso de câncer hormônio dependente.
A ginecologista cita ainda o uso de alguns antidepressivos e ansiolíticos para os fogachos, fisioterapia pélvica, hidratantes, gel, laser e radiofrequência vaginal, que podem ajudar muito nos sintomas geniturinários, como secura vaginal, dor para ter relação e perda de urina.
"Atividade física, dieta equilibrada, mente ativa, terapias cognitivas e uma vida saudável fazem toda a diferença. Alguns sintomas como dores e rigidez articular, dores musculares, libido, insônia e ganho de peso devem ser individualizados e tratados de forma multidisciplinar", orienta a médica.
No caso do climatério o importante é avaliar cada mulher de uma forma independente. "Nada de “receita pronta”. Cada caso é um caso", conclui.
É sempre importante consultar um médico e realizar exames de rotina para acompanhar e verificar o melhor tratamento individual.
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