Saiba o que acontece na primeira consulta a um hebiatra
O hebiatra Maurício de Souza Lima, autor do livro
Filhos Crescidos, Pais Enlouquecidos(Editora Landscape), esclarece as etapas que fazem parte da primeira consulta ao especialista em adolescentes.
» Se seu filho é adolescente, leve-o a um hebiatra
Na primeira etapa da consulta, o adolescente vai acompanhado da mãe ou do pai no consultório para esclarecimentos de como ocorrerão as consultas. Na segunda, o adolescente vai para a sala de espera e os pais ficam na sala do médico. Na terceira, os pais vão para a sala de espera e o adolescente volta para a sala do médico.
Segundo o Código de Ética Médica, o adolescente tem direito à privacidade durante a consulta, ou seja, pode ser atendido sozinho se quiser. "Isso é primordial", afirma Lima. Assim, nas seguintes o jovem é atendido sozinho, mas os pais podem conversar com o médico sempre que quiserem.
Cada um na sua
A privacidade é importante, segundo Lima, porque o adolescente pode conversar com o médico sobre assuntos que não conversaria se a mãe ou pai estivessem ao lado, como questões relacionadas à atividade sexual, curiosidade sobre drogas ou outros assuntos complicados. "Neste momento, o médico conversa a respeito das situações de risco em que ele pode estar se envolvendo", diz o hebiatra.
Outra situação que justifica a ausência dos pais dentro da sala do médico é que, nessa fase da vida, começam a ocorrer mudanças físicas do corpo, e muitos adolescentes se sentem envergonhados em trocar de roupa na frente dos pais. Dessa forma, o exame físico também acontece sem a presença deles.
No entanto, a hebiatra Ligia Reato, autora do livro
Hebiatria - A Medicina da Adolescência(Editora Roca), em parceria com Jacques Crespin, defende o sigilo desde que o adolescente não corra risco de vida. "Nesse caso, é preciso avisar o adolescente que vai relatar o problema aos pais. Falar abertamente mantém o laço de cumplicidade, essencial para a relação entre hebiatra e paciente", diz ela.