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Pesquisadores utilizam células-tronco para regenerar olhos com catarata

9 mar 2016 - 16h33
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Os tratamentos baseados em células-tronco mostraram ser efetivos para regenerar os olhos de crianças com catarata e reparar a córnea de animais que tinham perdido a visão, segundo publicou nesta quarta-feira a revista científica britânica "Nature".

Dois estudos descrevem novas técnicas para devolver a transparência à córnea e ao cristalino que podem evitar transplantes ou implantes artificiais, procedimentos com certo risco para o paciente.

A catarata, a primeira causa de cegueira no mundo, costuma ser tratada com uma operação cirúrgica na qual se substitui o cristalino por uma lente intraocular artificial.

Em crianças com catarata congênita, o êxito dessa técnica é limitado. A operação pode criar certa distorção na linha de visão que é difícil de ser corrigida com óculos, pois o olho ainda está em desenvolvimento.

Cientistas dos Estados Unidos e do Reino Unido desenvolveram uma técnica para devolver a transparência ao cristalino sem a necessidade de substituí-lo.

Para isso, descrevem em seu trabalho uma técnica menos invasiva que o procedimento habitual, com a qual retiram uma parte do tecido danificado e deixam intactas as células-tronco precursoras do tecido transparente que atua como lente.

Os pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego e do University College de Londres provaram primeiro a efetividade desse método em macacos e coelhos, e depois o aplicaram com sucesso em 12 crianças menores de dois anos.

Segundo os resultados do teste clínico, o cristalino das 12 crianças se regenerou em três meses, em todos os casos sem complicações.

Os pesquisadores afirmam que a transparência do campo visual é 20 vezes maior do que em pacientes com catarata pediátrica que recebem o tratamento convencional.

No outro trabalho, o grupo do University College, liderado por Julie Daniels, colaborou com a Universidade de Osaka, no Japão, para cultivar "in vitro" os tecidos primários que compõem o olho a partir de células-tronco pluripotentes humanas.

Os autores do estudo detectaram que durante a formação das primeiras camadas embrionárias era possível distinguir quatro zonas concêntricas que continham células similares às que formam a superfície da córnea, o cristalino, uma parte da retina e a camada pigmentada do epitélio.

Após separar as células do epitélio, os cientistas mostraram que é possível cultivá-las no laboratório e transplantá-las no olho de mamíferos.

Os pesquisadores testaram o método com coelhos com a visão danificada para comprovar que é possível ser usado com sucesso para reverter danos na córnea.

O estudo sugere que este pode ser o primeiro passo para desenvolver um experimento em humanos que evolua para um tratamento para danos oculares que evite os transplantes de córnea.

EFE   
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