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OMS aponta que prioridade para vacinação contra covid-19 será de abrangência global

Entidade alega que os países mais pobres precisam ser imunizados junto com todos os outros e não podem ficar para trás em termos de saúde pública

4 set 2020 - 13h53
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nesta sexta-feira, 4, algumas recomendações para uma possível vacinação da população contra o coronavírus e destacou a necessidade de dar atenção para as doenças não contagiosas como câncer e problemas respiratórios.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que pessoas com doenças não contagiosas representam grupo de risco para o coronavírus. "A covid-19 causou danos às pessoas com doenças não contagiosas. Elas estão mais vulneráveis à forma mais grave da doença. Na semana que vem vamos celebrar a semana global contra doenças não contagiosas.Vamos fazer um conjunto de publicações que deverão ser aplicadas para além da pandemia, com instrumentos de financiamento que sejam estendidos sobretudo para países de baixa renda".

Além disso, o diretor-geral reforçou que assim que a vacina para covid-19 estiver disponível, a prioridade deverá ser a imunização de pessoas do grupo de risco. "A diretriz será vacinar pessoas de vários países, e não todas as pessoas de um país. Isso é um imperativo de saúde pública, sem isso os países de baixa renda continuarão a sofrer com as consequências do vírus e a recuperação da economia global estará atrasada."

O Dr. Bruce Aylward, conselheiro sênior do diretor-geral complementa que o desenvolvimento da versão mais grave da covid-19 é o principal receio em reabrir economias e fronteiras. Por isso, é necessário vacinar funcionários da saúde, idosos e grupos de risco. "A intenção da OMS é liberar quantidade pequenas da vacina para que os países possam vacinar seus grupos de risco, assim reduzimos a chance de doença severa. Esta é a chave para reabertura das sociedades."

Recentemente, a OMS se reuniu com o grupo de países do G20 para discutir a reabertura das atividades econômicas e fronteiras. Segundo ele, a entidade apoia "de todo coração", a volta do comércio e entende que o confinamento foi difícil para vários países. "O foco é reabrir a economia de uma maneira segura e com atenção a novos focos", disse o diretor-geral Ghebreyesus.

Ele também relembrou a diretriz publicada na última semana sobre o uso de corticoides para pacientes com formas graves da infecção. Entre os corticoides recomendados estão remédios como a dexametasona e a hidrocortisona. "Fizemos grandes progressos com o vírus nos últimos oito meses, mas apenas com união nacional e solidariedade global iremos colocar um fim nessa pandemia", afirmou.

Estadão
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