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“Olho seco”: cerca de 13% dos brasileiros sofre com disfunção; qual a causa?

Ressecamento da superfície do olho, vermelhidão, ardor e coceira: mulheres podem ser mais afetadas com a síndrome

31 mar 2023 - 10h12
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Hábitos atuais aumentam incidência da condição.
Hábitos atuais aumentam incidência da condição.
Foto: iStock

Ressecamento da superfície do olho, vermelhidão, ardor e coceira são os sintomas mais comuns da chamada “Síndrome do Olho Seco”. Você pode não ter ouvido falar dessa disfunção, mas ela atinge, em média, 13% da população brasileira. E, fique alerta: o uso excessivo de telas (celular, computador), pode comprometer ainda mais a lubrificação dos olhos.

Quem compartilha os dados com o Terra é o médico oftalmologista e membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), Giuliano Veras. Em entrevista, ele ainda revela que mulheres podem ser mais afetadas com a síndrome, o que tem relação com questões hormonais e com algumas doenças sistêmicas, principalmente as doenças autoimunes e reumatológicas, que costumam aumentar a probabilidade de ter um olho seco.

“Então, esse público precisa estar mais atento porque existe muita associação de olho seco com, por exemplo, artrite reumatoide, lúpus e vasculite, e tudo isso pode acarretar uma piora”, acrescenta.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico dessa síndrome é clínico e feito por meio de exames realizados por um especialista. Nele, o médico faz o teste para avaliar o nível de produção de lágrimas. Por isso, é importante manter uma rotina de consultas

O tratamento é feito com aplicação de “lágrimas artificiais", como os colírios. “O colírio ajuda em mais de 90% dos casos. Porém, o acompanhamento contínuo com o oftalmologista não pode ser deixado de lado”, conta Giuliano.

Além das telas que falamos acima, outras causas para a condição envolvem fatores externos ambientais, como vento, fumaça, e clima quente e seco, e fatores mais internos, como ar condicionado e ventiladores.

Faça pausas

Como falamos acima, o uso de telas pode complicar a saúde dos olhos de quem sofre com a disfunção. Mas, sabemos que é quase impossível ficar longe de equipamentos, que hoje nos servem, principalmente, para trabalhar.

Quanto a isso, o médico oftalmologista Giuliano Veras indica que intercalar o uso pode ser uma saída. “Pessoas que estão há mais de uma hora diante de uma tela, devem tentar fazer uma pausa de, pelo menos, cinco minutos. No caso dos computadores, tentar colocar o monitor mais ou menos na linha dos olhos, ou um pouquinho abaixo, para que os olhos fiquem mais fechados. Em conjunto, pode-se usar uma solução lubrificante a cada hora de uso da tela”, revela.

Complicações

Segundo o médico, se o problema não for logo identificado e tratado da forma correta, a probabilidade é que com o passar do tempo, o olho fique mais seco. “Sabemos que a produção de lágrima no nosso organismo vai diminuindo com o tempo, então, se essa pessoa não tratar o olho seco, existe uma tendência de ocasionar lesões na córnea”, complementa. Se esse olho seco persistir, pode acabar piorando mais a situação do paciente.

Pacientes fumantes também tendem a ter o olho mais seco. Fique atento: o usuário crônico de lente de contato - aquele que já faz uso há muito tempo - também costuma ter mais olho seco pelas características da lente de contato. 

Hábitos atuais aumentam incidência

Giuliano coloca que, com os hábitos atuais, dificilmente a gente consegue ter uma pessoa que não tenha queixa de olho seco. A pessoa até pode não ter olho seco, mas acaba desenvolvendo de tanto fazer o uso das telas de aparelhos eletrônicos

A melhor dica, conforme o médico, é fazer o plano de uso intercalado das telas, utilizar lubrificantes e fazer uma avaliação oftalmológica para saber que tipo de olho seco esse paciente está desenvolvendo. “De repente, ele tem uma doença de superfície e aí precisa ser tratado. Isso pode dar mais conforto. No caso daqueles pacientes que são portadores de doença sistêmica, é recomendado fazer o controle da doença sistêmica, então, você pode ter mais conforto e melhor qualidade de vida quando ele está com a doença estabilizada”, conclui.

Fonte: Redação Terra Você
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