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'Não dou conta': médica relembra o que Preta Gil disse nos últimos momentos

Conforme a Roberta Saretta, Preta Gil 'desejava com todas as forças retornar ao Brasil'; veja

8 ago 2025 - 10h05
(atualizado às 11h35)
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Resumo
Médica Roberta Saretta detalhou os últimos momentos de vida de Preta Gil, que desejava voltar ao Brasil, mas faleceu em um hospital nos EUA durante tratamento oncológico experimental.
Gominho se emociona ao falar que "ficha" da morte de Preta está caindo:

A médica Roberta Saretta, que acompanhou a cantora Preta Gil (1974–2025) durante seu tratamento oncológico, no Brasil e no exterior, falou pela primeira vez sobre o assunto. Ela, inclusive, estava dentro da ambulância quando a artista viveu seus últimos minutos de vida, ainda nos Estados Unidos.

Coordenadora da equipe do cardiologista Roberto Kalil, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, Roberta Saretta contou que Preta Gil queria, com todas as forças, retornar ao Brasil. No entanto, no aeroporto, deu sinais de que não aguentaria a viagem. Por isso, uma ambulância foi acionada e a levou para o hospital mais próximo, onde a cantora passou seus momentos finais.

"Quando a ambulância chegou para levá-la ao aeroporto e os paramédicos mediram as taxas, ela estava estável, com índices normais: pressão, eletro, tudo. Ela queria, com todas as forças, chegar ao Brasil", disse ao jornal O Globo.

"Durante o trajeto de uma hora e vinte minutos até o avião, fiquei de frente para ela, repetindo que a levaria para casa. Ela esteve acordada o tempo todo. Ao chegar ao aeroporto, passou mal, vomitou. 'Estamos quase lá', eu falei. 'Preta, você dá conta de viajar? Segura mais um pouco?' E ouvi a resposta: 'Não dou conta'. Pedi para o paramédico nos levar ao hospital mais próximo. Chegamos em oito minutos. Quiseram reanimá-la. Poucos minutos depois, ela se foi."

Conforme Roberta, Preta se tornou sua paciente em janeiro de 2023, quando teve um sangramento intestinal e foi internada na Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro, onde recebeu o diagnóstico do câncer. A médica ainda conta que a cantora relutou em fazer exames e aceitar o tratamento adequado.

"Ela respondeu mal ao tratamento. Eu queria vê-la, mas era uma fase conturbada para a Preta — ela também estava passando por uma separação amorosa. Fiz o seguinte: a Flora e o Gil estavam prestes a vir ao Sírio fazer um check-up, e combinei com eles de trazerem a Preta para São Paulo, com o pretexto de visitá-los. Ela não parava quieta, eu sabia que seria difícil pegá-la. Armei uma arapuca. Quando ela chegou ao Sírio, tranquei-a em um quarto. Falei que ela não sairia dali sem fazer exames, que eu não queria saber dos problemas pessoais dela. A Flora e o Gil ajudaram muito, entraram no quarto, conversaram, e ela topou ficar."

A doutora Roberta também comentou a decisão de Preta Gil de buscar tratamento fora do Brasil. Segundo ela, a cantora não queria apenas viver mais alguns meses, mas sobreviver à doença — e viver por anos.

"A Preta não queria apenas viver mais seis, oito meses cercada de amigos, e tudo bem. Ela queria sobreviver por muito mais tempo. É diferente. Ela queria viver mais 15 anos. Só entende isso quem lida com a morte. O cuidado paliativo não é só estar com a família. É compreender o indivíduo. A possibilidade do tratamento experimental a iluminou. O Gil falou, em entrevistas, que teria cedido antes. Mas ele é um homem de 83 anos. Foi 'muitos Gils', fez inúmeras coisas belíssimas. A Preta tinha 50 anos, e com uma vivacidade que poucas vezes você encontra em uma pessoa de qualquer idade."

Roberta acompanhou o tratamento de Preta Gil no Brasil e nos EUA. Ao detalhar como foi o processo no exterior, onde a cantora se submeteu a um tratamento experimental, a médica admitiu que não foi fácil.

"Tivemos a ajuda da Marina Morena (empresária e amiga muito próxima da Preta), que é muito bem relacionada. Procuramos em vários lugares, e fomos negados em muitos. Não é simples mesmo. A preferência é para os americanos; há uma infinidade de regras. Teve um médico que chegou a falar: 'Se você sobreviver, volte aqui'. Conseguimos entrar em um centro pequeno, que aplica os mesmos protocolos de grandes instituições, com excelentes oncologistas, na Virgínia. Eu e grandes amigos da Preta fomos juntos. Fiz as primeiras consultas e voltei para o Brasil. Eles ficaram."

Fonte: Redação Terra
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