Método brasileiro aplica matemática da beleza aos olhos
Técnica inédita no país usa proporção áurea para analisar simetria ocular e orientar procedimentos de extensão de cílios com maior precisão
Técnica brasileira inédita aplica a proporção áurea para análise do olhar, promovendo personalização e precisão em procedimentos de extensão de cílios, visando maior naturalidade e correção de assimetrias.
O interesse por procedimentos estéticos de precisão segue em expansão no Brasil. Segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), intervenções não cirúrgicas como preenchimentos, tecnologias de rejuvenescimento e técnicas voltadas ao olhar cresceram 9 por cento no país entre 2023 e 2024, mantendo o Brasil entre os três maiores mercados do mundo. Esse avanço impulsiona a busca por abordagens mais técnicas e padronizadas, especialmente em áreas sensíveis do rosto.
É nesse contexto que surge a metodologia desenvolvida pela especialista em correção e harmonização do olhar Amanda Rhuâna. Criadora da HarmonyLash, Amanda propõe um protocolo de análise que aplica conceitos da proporção áurea, razão matemática de 1,618 presente em estudos de simetria facial, arquitetura e design.
A técnica busca identificar distorções naturais do olhar como quedas, elevações, arredondamentos, olhos descendentes e diferenças de altura entre um olho e outro antes da aplicação da extensão de cílios. “A proporção áurea funciona como um mapa que orienta a leitura anatômica do olhar. Quando o profissional compreende essas relações, ele consegue corrigir excessos e entregar um resultado mais equilibrado”, afirma a especialista.
Embora o uso da razão áurea já seja reconhecido em cirurgias plásticas e procedimentos avançados de harmonização, sua aplicação em técnicas não invasivas do olhar ainda é pouco difundida. Pesquisas publicadas em periódicos de estética facial indicam que a percepção de beleza está diretamente associada à proporcionalidade entre linhas e pontos do rosto, o que reforça a relevância de métodos que utilizam métricas objetivas.
No entanto, o setor de extensão de cílios ainda carece de padronização. Estudo da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) aponta que a área de beleza segue crescendo acima da média do varejo, mas com forte presença de cursos curtos e formação técnica heterogênea.
A metodologia de Amanda parte da mensuração de distâncias entre canto interno e externo, altura de pálpebra, curvatura natural e densidade dos fios. A partir dessas referências, o profissional consegue identificar combinações adequadas de curvaturas e comprimentos, evitando que o procedimento acentue assimetrias já existentes. Para Amanda, o principal benefício está na previsibilidade técnica. “O olhar é uma das regiões mais complexas do rosto. Quando existe um parâmetro matemático para guiar o diagnóstico, o risco de resultado artificial diminui e a naturalidade se torna mais alcançável”, explica.
Com mais de 3 mil alunas em diferentes países e presença em eventos como a Beauty Fair e o Brasil Lash Congress, a especialista defende que a profissionalização do setor depende de metodologias mais estruturadas. A adoção de métricas claras, afirma, ajuda tanto o profissional quanto a cliente a entenderem quais limitações anatômicas devem ser respeitadas e quais ajustes são possíveis dentro de técnicas não invasivas.
Para quem busca procedimentos para o olhar, especialistas sugerem atenção à formação técnica, avaliação prévia detalhada e clareza sobre as características naturais dos olhos. Métodos que utilizam referências matemáticas podem contribuir para diagnósticos mais precisos, especialmente entre pessoas com assimetrias marcantes, olhos descendentes ou diferenças de altura entre um olho e outro.
À medida que o mercado estético evolui e consumidores demandam naturalidade e personalização, abordagens que unem ciência e estética tendem a ganhar espaço. A aplicação da matemática da beleza em técnicas de extensão de cílios evidencia esse movimento e abre caminho para novos estudos e protocolos no país.