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Hérnia de disco: Quando é necessário realizar a cirurgia?

Se os sintomas forem leves e tiverem curta duração o tratamento é feito apenas com medicamentos

10 jun 2021 - 16h59
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O cirurgião precisa levar em consideração a intensidade da dor do paciente
O cirurgião precisa levar em consideração a intensidade da dor do paciente
Foto: Shutterstock / Saúde em Dia

Muito se fala sobre a hérnia de disco, uma doença que atinge mais de 5,4 milhões brasileiros, segundo o IBGE. Apesar de ser conhecida, ainda há muitas dúvidas principalmente sobre as formas de tratamento.

Segundo o Dr. Marcelo Valadares, médico neurocirurgião, nem todo paciente com hérnia de disco precisa de uma cirurgia de coluna. "Este é um dos problemas mais comuns no consultório. O papel da cirurgia para quem tem hérnia de disco, na verdade, é muito pequeno. A maioria dos pacientes melhoram da dor apenas com medidas paliativas, como o uso de medicamentos", explica.

O especialista explica que cerca de 9 a cada 10 pacientes com dores causada por hérnias de disco não precisam de cirurgia. "O cirurgião precisa levar em consideração a intensidade da dor do paciente, há quanto tempo ele está sofrendo com o problema e, também, como a dor interfere em suas atividades diárias", afirma o médico.

"Se os sintomas forem leves e tiverem curta duração, o tratamento jamais será cirúrgico. O organismo é sábio e capaz de corrigir alterações sozinho, ou com um pequeno auxílio. Em determinados casos, somente a fisioterapia ou uma infiltração são necessários", complementa o neurocirurgião.

Nos casos cirúrgicos, que são exceções, o Dr. Valadares reforça: se o paciente for bem tratado e bem indicado, provavelmente terá grandes chances de resolver seu problema definitivamente com a cirurgia. "Raramente a cirurgia será a primeira opção.

Quando isso acontece, é porque está relacionado a alterações neurológicas graves. É possível tentar tratamentos mais simples antes. Entretanto, quando o problema persiste e a pessoa está há meses ou até mesmo anos sofrendo com dor o caso será reavaliado", finaliza.

Consultoria: Dr. Marcelo Valadares, médico neurocirurgião da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e do Hospital Albert Einstein

Saúde em Dia
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