PUBLICIDADE

Governo rebelde declara estado de emergência por epidemia de cólera no Iêmen

14 mai 2017 - 16h52
Compartilhar
Exibir comentários

O governo dos rebeldes houthis declarou neste domingo estado de emergência sanitária na capital do Iêmen, Sana, pela propagação da epidemia de cólera, informou a agência oficial de notícias "Saba", controlada por esse movimento.

As autoridades sanitárias declararam esta situação depois do registro pelo menos 2.567 casos nas últimas duas semanas em todos os bairros da cidade iemenita, assegurou em um comunicado o Ministério de Saúde.

As autoridades pediram a ONGs locais e internacionais que tentem conscientizar a comunidade internacional de que a situação no Iêmen é "grave" e que ameaça com se tornar "uma catástrofe sanitária sem precedentes".

O diretor de operações do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICR), Dominik Stillhart, afirmou hoje que a epidemia de cólera no país árabe acabou com a vida de 115 pessoas nas últimas três semanas.

Stillhart indicou que, desde 27 de abril, mais de 8,5 mil pessoas foram levadas a hospitais em 14 províncias do país, sob suspeitas de sofrer com a doença.

O diretor acrescentou que a Cruz Vermelha está tentando aumentar sua ajuda para frear esta crise humanitária no Iêmen, afundado em uma guerra civil há mais de dois anos.

Na quinta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou de que surto de cólera tinha acabado com a vida de 51 pessoas.

A agência da ONU estabeleceu dez novos centros de tratamento nas áreas nas quais há registros de número crescente de pacientes, explicou a OMS em um comunicado.

Os primeiros casos de diarreia por cólera foram anunciados em 3 de novembro pela ONU.

O surto de cólera chegou a um país com um sistema sanitário profundamente debilitado após dois anos de conflito entre as forças leais ao presidente, Abdo Rabu Mansur Hadi, e os rebeldes xiitas houthis.

EFE   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade