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Campo Grande amplia toque de recolher após ocupação de 72% de leitos de UTI

Além de casos da covid-19, as vagas em tratamento intensivo são ocupadas por vítimas de acidentes de trânsito. 'Comércio aberto estimula a ingestão de bebidas alcoólicas', afirmou a prefeitura

7 jul 2020 - 18h49
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Após registrar ocupação de 72% nos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de hospitais públicos e privados, a prefeitura de Campo Grande ampliou em três horas, nesta terça-feira, 7, o toque de recolher na capital do Mato Grosso do Sul para diminuir a propagação do novo coronavírus. A partir desta quarta-feira, 8, a circulação de pessoas fica proibida no período das 20 às 5 horas. Até então, o toque de recolher começava às 23 horas. O prefeito Marquinhos Trad (PSD) também proibiu música ao vivo e shows em duplas que estavam permitidos em bares e restaurantes.

Ele atribuiu à vida noturna o aumento na demanda por leitos de UTI. "Passamos da ocupação de 70% dos nossos 223 leitos que não são só para o coronavírus, mas também para outras doenças e acidentes de trânsito. Nos últimos dias, sete pessoas foram para a UTI devido a acidentes, todos acontecidos à noite. Precisamos diminuir o número de pessoas nas ruas na madrugada e o comércio aberto estimula a ingestão de bebidas alcoólicas." Ele também reduziu de 60% para 40% a lotação das academias de ginástica e do comércio autorizado a funcionar durante o dia.

Decreto da prefeitura amplia toque de recolher para reduzir vida noturna em Campo Grande (MS)
Decreto da prefeitura amplia toque de recolher para reduzir vida noturna em Campo Grande (MS)
Foto: Divulgação/Prefeitura de Campo Grande / Estadão

As novas medidas valem até o próximo dia 19, quando serão reavaliadas. "Melhor fazer isso do que decretar lockdown (fechamento total). Serão apenas 12 dias para a gente voltar a uma vida normal, sem fechar o comércio, trabalhando das 5 às 20 horas", disse em live transmitida por redes sociais.

A capital do MS vive período de aceleração da doença. Em 24 horas, foram confirmados 227 novos casos, chegando a 3.391 diagnósticos positivos. Já o número de óbitos subiu de 24 para 26.

Estadão
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