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Pesquisadores do MIT revelam os efeitos do ChatGPT no cérebro

De acordo com o estudo, a dependência da tecnologia reduz o desempenho neural, principalmente em áreas associadas à criatividade, memória e raciocínio

21 jun 2025 - 13h49
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Cientistas do Laboratório de Mídia do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) descobriram que o uso frequente do ChatGPT, uma ferramenta de inteligência artificial da OpenIA, afeta o desempenho cerebral e desestimula o pensamento crítico. Entenda:

De acordo com o estudo, a dependência do ChatGPT reduz o desempenho neural, principalmente em áreas associadas à criatividade e raciocínio
De acordo com o estudo, a dependência do ChatGPT reduz o desempenho neural, principalmente em áreas associadas à criatividade e raciocínio
Foto: Pexels/Tim Witzdam / Bons Fluidos

Os riscos do ChatGPT

A fim de entender como o chatbot impacta a mente, os profissionais contaram com a ajuda de 54 norte-americanos, de Boston, com idades entre 18 e 39 anos. No início do experimento, o estudo propôs que esses participantes se dividissem em três grupos e escrevessem, em 20 minutos, uma redação no estilo do vestibular tradicional dos Estados Unidos. Entretanto, o primeiro deveria utilizar o ChatGPT. Já o segundo poderia recorrer ao Google e o terceiro teria que realizar a tarefa sem qualquer auxílio.

Os indivíduos seguiram trabalhando em diferentes textos durante meses, enquanto os estudiosos analisavam suas atividades cerebrais por meio de eletroencefalogramas. Desta forma, a pesquisa apontou que aqueles que escreveram com a ajuda da IA apresentaram baixo engajamento cognitivo, com pouca atenção e esforços mínimos. Além disso, foi constatado um "desempenho inferior nos níveis neural, linguístico e comportamental". 

Os cientistas ainda submeteram as produções à opinião de professores de inglês, que as classificaram como "sem alma". Isso porque, de acordo com o levantamento, as redações utilizavam ideias semelhantes, carecendo de pensamento crítico e original. Já ao fim do estudo, esses participantes sequer liam os textos e deixavam todo o trabalho nas mãos da tecnologia. "Era mais como: 'só me dê a redação, refine esta frase, edite e pronto'", disse uma das autoras, Nataliya Kosmyna, ao 'Time'. 

Em contraposição, os outros dois grupos demonstraram maior função cerebral ativa, principalmente em áreas associadas à criatividade, raciocínio e memória. Ademais, eles também se mostram engajados e satisfeitos com o que escreveram.

O real problema está no uso prolongado

Apesar da baixa amostragem e de ainda não ter sido revisado, na opinião de Kosmyna, a pesquisa deveria vir a público para chamar a atenção para a aplicação do ChatGPT, especialmente no âmbito educacional. Segundo a especialista, a dependência da IA pode afetar o funcionamento e fortalecimento do cérebro.

"O que realmente me motivou a publicá-la agora, antes de esperar por uma revisão completa por pares, é que receio que, em 6 a 8 meses, algum formulador de políticas decida: 'Vamos implementar o GPT no jardim de infância'. Acho que isso seria absolutamente ruim e prejudicial. Mentes em desenvolvimento correm o maior risco", afirmou.

Para o site, o psiquiatra Zishan Khan revelou que já vê crianças e adolescentes recorrendo constantemente ao chatbot para fazer trabalhos escolares. As consequências, segundo ele, são tanto psicológicas quanto cognitivas. Por isso, a autora do levantamento defende que "educação sobre como usamos essas ferramentas e promoção do fato de que seu cérebro precisa se desenvolver de forma mais analógica são absolutamente cruciais". 

"Precisamos ter uma legislação ativa e sincronizada e, mais importante, testar essas tecnologias antes de implementá-las", concluiu.

Bons Fluidos
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