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Técnicas infalíveis para jogar fora os trabalhos da escola do seu filho 

7 jun 2018 - 14h39
(atualizado em 19/7/2018 às 06h20)
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Foto: Mãe com Prosa

Você viu a foto da primeira agenda escolar das meninas? Não? Dá uma olhadinha lá no sorriso banguela da Manu e no charme da pose da Elisa (de faixa no cabelooooo)! E a pasta de trabalhos delas? Reparou na lateral cuidadosamente costurada?

Trabalhos escolares de filhos têm um poder sobrenatural de amolecer o nosso coração e lotar a nossa casa de entulho (ai, desculpe). Tenho consciência de que não é possível guardar todas as lembranças das diferentes etapas de desenvolvimento cognitivo das minhas filhas, mas dá vontade. Não dá?

Como posso ser capaz de jogar fora o primeiro CD com músicas de ninar do berçário que elas frequentaram? Tem o pé delas na capa, gente? E a caderneta com todas as anotações sobre o número de colheradas no purê de maça? Não consigo.

Tem também o vaso pintado da páscoa passada (tá, são váaaarios), a pedra que o pai recebeu no dia dele e o caderno de atividades com a evolução ( mês a mês) nas categorias "desenho livre" e "atividades de expressão". Rabiscos que são pura sensibilidade onde sou capaz de visualizar  "a menina e o vento", "um rabo de cavalo alto" e  "uma aventura"( definição da autora da obra prima).

Tem o primeiro desenho feito na lixa, os palitos de picolé e a arte do barbante colado de forma despretensiosa na cartolina.

Sem falar no tricô (elas tricotam na escola e, em breve, saberão pregar botões, o que eu nunca fui capaz de fazer).

Mas posso falar bem a verdade? Achei tudo isso depois de fazer uma limpa geral na minha casa. Estava guardado, tão guardado que nem me lembrava mais. E não dá pra negar que às vezes a gente volta da integração (tipo festa da família da escola) carregados com o quebra-cabeças que fizemos juntos (e foi a maior delícia), o desenho de giz que solta aquele pozinho na sua blusa e o posto de gasolina gigantesco de sucata já pensando onde enfiar tanta coisa. E quando o filho pisca, a gente já jogou tudo fora. Coração quebrado, mas aliviado!!!

Claro que na faxina acabei guardando um monte de coisas e ainda no maior cuidado para preservar em igual quantidade e mesma categoria os trabalhos das minhas filhas (gêmeas, né?). Mas fico pensando que a vida segue e a gente precisa abrir espaço para novas conquistas, nossas e dos nossos filhos. Também percebo que nem sempre as lembranças que estão na gaveta foram realmente guardadas no coração e que nem tudo o que precisa ser recordado, tem estar visível, né?

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Mãe com Prosa
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