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Vivienne Westwood chama políticos de criminosos em nova coleção

Estilista britânica e ícone punk prega mais cultura, menos consumo e faça-você-mesmo na moda

17 set 2018 - 13h23
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Looks do verão 2019 de Vivienne Westwood: taoismo e arte chinesa inspiram a coleção 
Looks do verão 2019 de Vivienne Westwood: taoismo e arte chinesa inspiram a coleção
Foto: Hedvig Jenning/Divulgação / Estadão

Um dos nomes fundamentais da cultura punk, Vivienne Westwood tem preferido formatos não convencionais para mostrar suas propostas de moda e de estilo. A mais nova delas é um vídeo manifesto em que prega: "buy less, dress up" ("compre menos, fantasie-se/monte-se" em tradução livre, evocando o fundamento do-it-yourself). "É a melhor coisa que eu já disse para salvar o planeta e a nós mesmos", afirma.

Ao lado de um cuspidor de fogo e segurando uma tocha acesa, ela veste uma camiseta com o slogan "compre menos". Em seguida, surgem pessoas escolhidas pelo seu estilo e personalidade em roupas da designer britânica, que segue apresentando outras camisetas de cunho ativista, como "i fought the law" ("eu combati a lei").

A estilista Vivienne Westwood numa das cenas do vídeo-manifesto da sua coleção do verão 2019
A estilista Vivienne Westwood numa das cenas do vídeo-manifesto da sua coleção do verão 2019
Foto: Hedvig Jenning/Divulgação / Estadão

"Políticos são criminosos e eu sou uma bruxa", continua, soltando uma gargalhada. Num texto publicado em seu site, ela condena a remoção de direitos humanos pelo governo. "Parte da minha filosofia é: se tivéssemos cultura ao invés de consumo não estaríamos nesta bagunça ambiental. Teríamos um ethos diferente", escreve, citando o taoismo e a arte chinesa como inspirações de seu verão 2019.

Na coleção, ela aciona materiais considerados sustentáveis, como cânhamo, linho e um acetato orgânico, além dos cinco elementos, fogo, terra, metal, água e madeira, junto a estampas de peônias e do dragão chinês, representando a força de vida do cosmos. Os camuflados, claro, não ficam de fora. "Estamos lutando para salvar o mundo neste momento, e punks adoram uma briga", afirma.

Estadão
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