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Implante de silicone pode provocar doença autoimune? Entenda

Conheça os sintomas e saiba como tratar possíveis complicações

8 ago 2025 - 04h59
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Resumo
Estudos ainda investigam a relação entre implantes de silicone e doenças autoimunes, como a Doença do Silicone ou a Síndrome ASIA, cujos sintomas são variados e de diagnóstico complexo.
Quando fazer a cirurgia de explante de silicone
Quando fazer a cirurgia de explante de silicone
Foto: webphotographeer

Em 2024, o Brasil realizou 42.231 procedimentos de remoção de implantes nos seios, de acordo com a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS). Ao redor do mundo, este foi o 17º procedimento mais realizado. Considerando procedimentos cirúrgicos estéticos nos seios, esse foi o segundo procedimento mais realizado, depois do procedimento de aumento de seios.

Muitas pacientes buscam a cirurgia de retirada do implante mamário (o explante) por mudanças em seu estilo de vida (como mudanças de hábitos, envelhecimento ou ganho de peso). Outras, no entanto, desenvolveram problemas de saúde após o implante. Enquanto as pacientes têm chamado essas complicações de Doença do Silicone, a comunidade médica ainda investiga esse quadro e analisa possíveis relações com a Síndrome Autoimune/Inflamatória Induzida por Adjuvantes (ASIA).

“Não existe uma definição unificada para doença relacionada a implantes de silicone ou a síndrome ASIA”, explica Mónica Rodríguez Frasson, cirurgiã plástica do Hospital Albert Einstein. "Em geral, este termo abrange uma gama ampla de sintomas sistêmicos inespecíficos apresentados por algumas pacientes após a colocação de implantes mamários de silicone."

O que ficou conhecido como Doença do Silicone (ou, em inglês, Breast Implant Illness) é um termo utilizado pelas pacientes para esse conjunto de sintomas que elas atribuem ao uso do implante. "Os sintomas relatados na literatura sobre doenças relacionadas a implantes de silicone concentram-se principalmente nos sistemas neurológico, musculoesquelético e dermatológico", pontua Mónica, que diz que as pacientes costumam descrever sintomas como fadiga crônica e dores articulares e musculares. 

No entanto, este quadro foi descrito recentemente no campo da medicina e, por isso, ainda não é possível fazer uma associação direta entre o silicone e o desenvolvimento de sintomas que simulem doenças imunológicas. Mónica conta que muitos dos critérios diagnósticos para doenças relacionadas a implantes de silicone baseiam-se em sintomas autorrelatados pelas pacientes, o que "dificulta a mensuração objetiva e pode levar ao sobrediagnóstico".

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Além disso, não foram identificados exames que possam comprovar a afecção, o que dificulta a diferenciação entre a Doença do Silicone e os sintomas habituais decorrentes de estresse.

Distinto da Doença do Silicone, a Síndrome Autoimune Induzida por Adjuvante foi identificada e descrita pela primeira vez em 2011 pelo reumatologista israelense Yehuda Shoenfeld. Está relacionada ao desenvolvimento de doenças autoimunes em indivíduos geneticamente predispostos mediante à exposição a adjuvantes.

Esses adjuvantes são substâncias estranhas ao organismo e, por isso, provocam uma reação imunológica – algumas delas incluem fragmentos infecciosos, hormônios, alumínio ou escaleno (um óleo usado em vacinas anti-influenza). Apesar de ser uma condição muito rara, o silicone também entra na classificação, desencadeando uma reação imunológica com manifestações semelhantes à de algumas doenças reumáticas.

"Em pacientes com implantes mamários de silicone, a avaliação clínica e os exames específicos devem ser individualizados de acordo com os sintomas e sinais da paciente", afirma Mónica. Em casos de suspeita de doença autoimune, a cirurgiã recomenda o encaminhamento e o tratamento por um reumatologista. “Por ser um tratamento multidisciplinar, torna-se difícil constatar que a paciente realmente tenha a síndrome.”

Para evitar esta complicação, antes de recomendar a cirurgia, o cirurgião plástico deve verificar o antecedentes familiares e pessoal da paciente em busca de possíveis doenças autoimunes no histórico, além de reações prévias a adjuvantes. Em casos mais duvidosos, recomenda-se a avaliação de um reumatologista.

Mónica acrescenta que avaliações de saúde mental pré-operatórias são importantes para explorar transtornos de ansiedade ou depressão preexistentes: "É importante informá-las sobre o estresse potencial associado aos procedimentos cirúrgicos, enfatizando que o resultado da cirurgia de mama ou a interação com as mídias sociais podem amplificar os sintomas de ansiedade ou depressão." Para quem fuma, também é aconselhável parar o hábito.

A remoção dos implantes é o tratamento mais efetivo para a Doença do Silicone, e, a longo prazo, os sintomas tendem a melhorar. No entanto, caso a paciente tenha removido os implantes por um quadro de Doença do Silicone, não é recomendável que novos implantes sejam colocados --nesse caso, a paciente pode escolher entre manter o peitoral liso ou fazer uma reconstrução dos seios.

Fonte: Redação Terra
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