Toda mulher tem uma história surpreendente ou decepcionante para contar sobre o início da vida sexual. Tudo bem que o sexo costuma melhorar com o tempo e que a primeira vez é marcada por ansiedade e friozinho na barriga, mas não há como negar que é um momento inesquecível, seja com o namorado de anos, um ficante, na casa dos pais ou até durante uma viagem de férias. Por isso, oTerra conversou com algumas mulheres para saber, se pudessem, o que mudariam para deixar essa experiência mais gostosa.
Para a maioria das mulheres, a primeira vez é marcada por ansiedade e friozinho na barriga
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A primeira vez da publicitária Daniele*, de 23 anos, foi aos 19. Na época, ela não namorava, mas tinha um “ficante sério”, como ela mesma define, e disse que a experiência superou suas expectativas. “Foi surpreendente, porque eu sempre ouvia dizer que era comum sentir muita dor e que a sensação não era boa. Então o meu maior ‘medo’ era sentir dor. Mas ele me deixou tão à vontade no momento e eu também estava preparada, que tudo aconteceu naturalmente”. Ainda assim, se pudesse, Daniele* mudaria duas coisas para tornar tudo perfeito: “eu teria ido ao banheiro antes e teria relaxado mais para aproveitar o momento”, disse.
Já para a projetista Juliana Diniz, de 27 anos, perder a virgindade foi bem diferente do que ela imaginava. Com 16 anos na época, ela disse que o momento foi inesperado e que, se pudesse, escolheria outro parceiro. “Não me senti à vontade e me causou desconforto”, justifica. “As mulheres lidam com isso como um sonho, pensam que deve ser com pessoa bacana, um momento inesquecível, mas os homens têm questões que vão além de um momento especial, como masculinidade e machismo”.
Algumas mulheres mudariam as temidas dores, outras o parceiro, mas o lugar também influência durante a primeira experiência sexual. Foi o caso da jornalista Gabriela*, de 26 anos, que tomou a decisão de perder a virgindade com o namorado há quatro anos. Apesar de ter estranhado a primeira vez, ela acredita que o lugar poderia ter feito a diferença. “Teria escolhido uma pousada aconchegante e romântica. Também teria relaxado mais e aproveitado o momento. São tantas coisas que colocam na cabeça, principalmente da mulher, que se não fosse essa preocupação do ‘será que deve ser agora?’ ou ‘será que estou fazendo a coisa certa?”, teria sido ainda melhor’, lembra.
Das entrevistadas, a também jornalista Adriana Costa, de 31 anos, é a única que não mudaria nada, mesmo que seu parceiro tenha sido “bem desajeitado”. Ela tinha 17 anos quando perdeu a virgindade com um “namoradinho mais velho de férias”, mas acha que vale mais a pena aprender com experiências imperfeitas do que guardar remorso ou tentar transformá-las. “Tudo que aconteceu me ensinou a ser hoje o que sou”, afirma.
O que eles esperam?
Diferentemente das mulheres, os homens querem praticidade e não se importam tanto com detalhes. Pelo menos essa é a opinião unânime das entrevistadas pelo Terra. “Eles geralmente não sonham com o lugar perfeito e a mulher ideal para o momento. Eles querem iniciar a vida sexual e ter experiência. A mulher já é mais sonhadora, quer alguém especial para o momento”, opina Gabriela*.
Daniele* concorda com a jornalista. “Acho que para os homens, a primeira vez é mais simples e prática, ainda mais se os amigos já tiverem perdido a virgindade antes. Pode rolar uma pressãozinha. Eu acho que eles até gostariam que a primeira vez fosse com a garota que eles gostam, mas se isso for atrasar o ato, eles não se importam quem será a primeira. É claro que há exceções”.
*Gabriela e *Daniela são nomes fictícios já que as entrevistadas não quiseram de identificar
Na teoria, o namorado ideal deveria vir como um pacote de viagens completo, que incluísse dedicação, interesses em comum, tesão, além de acesso rápido e fácil durante momentos de carência. A prática, porém, é bem diferente. Afinal, quem disse que a gente escolhe por quem se apaixona? Ele pode ser comprometido, mulherengo, bem mais novo, seu chefe, imaturo e até mesmo morar longe, mas muito longe mesmo, da sua casa. Nesse caso, tudo depende da escolha. Para algumas pessoas, viver em cidades diferentes é um motivo mais do que certo para o fim do namoro. Ainda assim, há quem prefira dar um jeitinho e encarar a situação
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Imagine se você morasse em Curitiba e seu namorado em Bologna, na Itália? Pode parecer difícil, mas essa é a história da advogada Luiza Maffessoni, de 24 anos, que vive um relacionamento de um ano e oito meses e adora a emoção do reencontro. Os dois se conheceram durante um curso de inglês em São Francisco, na Califórnia, e desde então buscam maneiras para se verem sempre que possível. Ele veio ao Brasil no ano passado e ficou três meses, e neste ano eu fui para lá e também fiquei três meses. Porém, nas duas ocasiões não conseguimos encontrar um trabalho que pudesse dar estabilidade financeira, contou
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Para a auxiliar administrativa Karoline de Freitas, de 26 anos, a distância também é uma barreira para o namoro, mas ela acredita que é possível se adaptar à situação. Residente de Maringá, no Paraná, ela vive uma relação de um ano e quatro meses com o namorado que mora no Rio de Janeiro. Nos conhecemos por amigos em comum com a ajuda da internet. A distância sempre é responsável pela maioria das nossas brigas e a gente nunca se viu pessoalmente, mas pensamos em morar juntos. Ele já comprou o apê para podermos nos casar, disse
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Mas, nem todas as mulheres encaram a experiência numa boa. Diferentemente de Karoline e Luiza, a assistente de marketing Amanda Massucatti, de 24 anos, não conseguiu lidar muito bem com a insegurança de viver uma relação por telefone ou computador. Ela e o namorado são da capital paulista e estão juntos há cinco anos e meio, mas ele viajou para fazer um curso em Dublin, na Irlanda, por oito meses. A distância foi um problema dos grandes. É difícil viver com saudade, ciúme, desconfiança, novas amizades e a diferença de horário, explica. Tudo isso foi motivo para algumas brigas do casal, que só conseguiu estabilizar a relação assim que ele voltou para casa
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Depois de meses sem ver o namorado, Amanda avalia que os Depois de meses sem ver o namorado, Amanda avalia que os dias separados foram muito complicados, mas positivos para a relação. Se passamos por tudo isso e estamos juntos, não há nada que possa nos separar. Ela não é a única que sofreu com a distância e, sem dúvida, saudade e ciúme estão no topo da lista de dificuldades quem vive uma experiência como essa. Sinto falta de fazer coisas simples como ir ao cinema e sair para jantar, justificou Karoline
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Além disso, a experiência também exige independência e obriga que o casal esteja aberto às mudanças. Para mim, só está sendo possível manter o relacionamento à distância porque vejo isto como algo temporário, que frequentemente tentamos solucionar. Não acredito que conseguiria mantê-lo se não houvesse planos concretos de morar juntos, explicou Luiza. Ela acredita que, além da saudade, o mais difícil é saber que, a partir do momento em que forem morar na mesma casa, um dos dois vai precisar abrir mão de viver em seu país e ficar próximo de amigos e familiares
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Para Luiza, o fundamental para essa experiência dar certo é honestidade e sincronia. Claro que isso serve para todos os relacionamentos, mas, de acordo com a advogada, esse exige confiança redobrada. Tudo o que você sabe do outro é baseado naquilo que é dito, você não faz parte do contexto e também não pode observar as coisas de perto
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Karoline se identifica com Luiza sobre os pontos indispensáveis. Nós somos melhores amigos, conversamos sobre tudo e conhecemos um ao outro. Fazemos tudo juntos, desde dormir com o celular ligado no viva voz até ver filmes. O fundamental para a relação dar certo é o respeito, a confiança e a vontade, defendeu