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Sangramento uterino pode sinalizar problemas de fertilidade

3 ago 2012 - 09h24
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As mulheres estão bem acostumadas ter sangramento uma vez por mês. No entanto, se isso acontece de maneira que foge ao padrão menstrual, é bom ela ficar atenta. Ele pode ser um sangramento uterino anormal ou disfuncional, que pode estar relacionado a algum problema de fertilidade.

O sangramento que foge ao padrão menstrual da mulher merece atenção. Ele pode ser um sangramento uterino anormal ou disfuncional
O sangramento que foge ao padrão menstrual da mulher merece atenção. Ele pode ser um sangramento uterino anormal ou disfuncional
Foto: Dreamstime / Terra


Essa condição se diferencia do ciclo menstrual normal por sua frequência, intensidade e duração. "O sangramento anormal ou disfuncional é bastante variável, dependendo da causa. Ele pode durar de 15 a 20 dias ou até de um a dois meses. Pode ser mais leve ou mais severo", afirma Mário Vicente Giordano, diretor da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro.



Se a mulher perceber um sangramento que foge de seu padrão menstrual em alguma dessas características, deve se consultar com um ginecologista. "Se ela não procurar auxílio, pode ficar perdendo sangue e ficar anêmica, o que pode levar a cansaço, menor rendimento no trabalho e imunidade mais baixa", diz Mário. Nos casos mais graves, o sangramento pode virar uma hemorragia e levar à internação.



Sangramento uterino anormal

Quando é identificada uma causa externa para o sangramento, ele é classificado como sangramento uterino anormal. Normalmente é provocado por miomas, pólipos ou câncer.



Tanto o mioma quanto o pólipo são tumores benignos. O primeiro se instala no músculo do útero, já o segundo surge no próprio endométrio. Dependendo do tamanho e da localização, ambos podem provocar sangramentos.



O câncer de colo de útero ou do endométrio também pode ser a causa, por provocar lesões nos vasos do útero. Quando isso ocorre, e nos casos do mioma e do pólipo, o tratamento cirúrgico é necessário para conter o sangramento e evitar que ele se torne uma hemorragia.



O diagnóstico dessas três causas é normalmente feito pelo ultrassom transvaginal e pelo exame papanicolau.



O sangramento ainda pode ser provocado pelo mau uso de medicação, como a pílula. Isso estimula de maneira irregular o endométrio. Menos comum como causa é a endometrite, a infecção do endométrio. Além disso, principalmente entre adolescentes, a hipótese de gravidez também é levantada.



Sangramento uterino disfuncional

Quando não é encontrada uma causa, os médicos consideram a possibilidade do sangramento uterino disfuncional, em que a mulher sangraria devido a uma alteração hormonal que faz com que ela não ovule direito.



Esse tipo é mais frequente em adolescentes e em mulheres na pré-menopausa. Em ambos os casos, o motivo mais comum para o sangramento é a falta de ovulação. "O endométrio vai ser estimulado e chega uma hora que ele não vai suportar o crescimento. Ele vai descamar e sangrar de maneira irregular", explica o médico.



O tratamento para esse tipo de sangramento é o controle hormonal, feito por medicação, como a própria pílula anticoncepcional.



Fertilidade

O sangramento uterino por si só não provoca problemas de fertilidade, mas pode estar relacionado a fatores que dificultariam a gravidez.



No caso do disfuncional, a irregularidade ovulatória reduz as chances de a mulher ficar grávida. Como o tratamento dessa condição se dá normalmente por pílulas anticoncepcionais, ela também não pode engravidar.



Além disso, ele está associado a mulheres em pré-menopausa, cuja idade reduz a qualidade e quantidade de óvulos. Essas mulheres devem tratar em primeiro lugar o sangramento e apenas depois tentar engravidar normalmente, ou recorrer a processos de reprodução assistida.



No sangramento uterino anormal, existe também correlação dos miomas e pólipos com as menores taxas de sucesso de gravidez. Esses índices retornam ao normal depois de os tumores serem retirados, quando não é necessária a retirada do útero. No caso do câncer, ele também poderia levar à infertilidade em seus casos mais graves, devido ao tratamento por radio ou quimioterapia.



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Fonte: Cross Content
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