Duas pessoas que dormem no mesmo colchão não apenas desenvolvem a mesma condição, mas também compartilham doenças mentais, de acordo com a ciência
Um estudo mostra que a probabilidade de ambos os parceiros receberem o mesmo diagnóstico aumenta a cada década.
"Dois que dormem no mesmo colchão tornam-se iguais" é um ditado espanhol bastante conhecido, com muitas variações, e que carrega uma parcela de verdade. Pelo menos quando se trata de doenças mentais. Essa foi a conclusão de um importante estudo científico, que apontou que casais tendem a compartilhar transtornos psiquiátricos.
Uma questão de probabilidade
Pesquisadores descobriram que pessoas com algum transtorno psiquiátrico têm maior chance de se casar com alguém que apresenta a mesma condição do que com alguém sem esse diagnóstico.
Esse padrão, antes observado em países nórdicos, agora foi confirmado em uma escala maior com dados de Taiwan, Dinamarca e Suécia, em contextos culturais distintos, segundo estudo publicado na revista Nature Human Behavior.
O que foi analisado
O levantamento avaliou informações de mais de 14,8 milhões de pessoas nos três países, observando a prevalência de nove transtornos psiquiátricos em casais: esquizofrenia, transtorno bipolar, depressão, ansiedade, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), autismo, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), transtorno por uso de substâncias e anorexia nervosa.
Resultados claros
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