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Sem Papai Noel: conheça os países onde o bom velhinho é ‘proibido’

De motivos religiosos a decisões políticas, há lugares do mundo em que o Natal existe sem Papai Noel

21 dez 2025 - 04h59
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Resumo
Alguns países proíbem ou restringem o Papai Noel e o Natal por motivos religiosos, políticos ou culturais, enquanto outros mantêm tradições locais distintas para as comemorações.
Papai Noel não é unanimidade no mundo: alguns países proíbem a comemoração com a figura do bom velhinho
Papai Noel não é unanimidade no mundo: alguns países proíbem a comemoração com a figura do bom velhinho
Foto: Imagem ilustrativa/Freepik

Quando dezembro chega, o Papai Noel parece onipresente em vitrines, filmes, propagandas e na internet. Mas, ao contrário do que sugere o imaginário coletivo globalizado, o bom velhinho não é unanimidade no mundo, e em alguns países, a presença dele é proibida ou fortemente desencorajada.

Segundo o professor de história Mário Marcondes, da Plataforma Professor Ferretto, não há muitos países que proíbam diretamente o Papai Noel, mas existem locais onde a celebração pública do Natal é vetada, o que acaba excluindo automaticamente o personagem.

“Não existem muitos países que proíbam diretamente o Papai Noel, mas há lugares onde a celebração pública do Natal é proibida ou fortemente restringida”, explica.

Entre os exemplos mais citados estão:

  • Brunei: desde 2015, celebrações públicas de Natal são proibidas. A justificativa é religiosa.
  • Coreia do Norte: qualquer comemoração natalina é vetada, por motivos políticos e ideológicos.
  • Tajiquistão: o Ded Moroz, personagem equivalente ao Papai Noel, foi proibido em escolas e eventos públicos.
  • China: não há uma proibição nacional, mas algumas cidades já restringiram festas natalinas em espaços públicos, como parte de políticas de controle cultural.

As motivações, segundo Marcondes, raramente têm relação direta com o consumo, apesar da imagem altamente comercial do Papai Noel. “As razões são principalmente religiosas e políticas”, afirma.

“Em países de maioria muçulmana, a restrição está ligada à religião. Em regimes autoritários, como Coreia do Norte e China, pesa mais o controle político e cultural”, diz o historiador.

O Papai Noel de cada país

A história mostra que nem toda proibição é definitiva. Um dos casos mais emblemáticos ocorreu na antiga União Soviética. Após a Revolução Russa, o Natal foi proibido, assim como figuras associadas à data.

Com o tempo, porém, o regime flexibilizou a regra, desde que o personagem fosse desvinculado da religião cristã. Assim, o Ded Moroz, ou o “Pai Gelo”, voltou, mas como símbolo das festas de Ano Novo, e não do Natal. Esse modelo permanece até hoje em países como a Rússia.

Há também países que celebram o Natal normalmente, mas nunca adotaram o Papai Noel como figura central. Em vez disso, personagens locais muito mais antigos assumem o protagonismo.

Alguns exemplos curiosos são a Islândia, onde as crianças recebem visitas dos Jólasveinar, figuras do folclore local que aparecem nos dias que antecedem o Natal. Na Finlândia, o personagem principal é o Joulupukki, de origem folclórica, embora hoje ele seja frequentemente associado ao Papai Noel moderno. Na República Tcheca quem traz os presentes é o Ježíšek, o Menino Jesus. E na Escandinávia símbolos como o Julbock, o bode de Yule, são tradicionais e vieram antes do bom velhinho.

Para Marcondes, a rejeição ao Papai Noel vai além da aparência de “bom velhinho”. “Embora hoje esteja fortemente associado ao comércio e às tradições do Natal ocidental, o Papai Noel reúne simbolismos que, em determinados contextos, entram em choque com valores ou ideologias dominantes”, afirma.

“Por mais inofensivo que pareça, o Papai Noel pode ser interpretado como um embaixador de valores culturais estrangeiros”, completa. Assim, surgem diferentes comemorações do Natal em cada cultura pelo mundo, com ou sem trenó, renas e roupas vermelhas, e com uma visita marcada para o dia 24 de dezembro.

Fonte: Portal Terra
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