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Dia do Divórcio: por que casais se separam na primeira semana do ano?

Descubra como surgiu a data, o que representa e como funciona o divórcio humanizado!

4 jan 2021 - 17h26
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Dia do divórcio: por que casais se separam na primeira semana do ano?
Dia do divórcio: por que casais se separam na primeira semana do ano?
Foto: Shutterstock / Alto Astral

O começo do ano é conhecido por ser uma época cheia de novas possibilidades e metas, marcando o início de um novo ciclo para muitas pessoas - principalmente aquelas que terminaram um relacionamento recentemente. Por isso, surgiu o Dia do Divórcio, que acontece na primeira segunda-feira de janeiro. Em 2021, é hoje (4). Saiba mais!

O que é o Dia do Divórcio?

É a data em que os escritórios de advocacia fazem um balanço para ver se o número de casais que se separaram aumentou, considerando que muitos esperam a época das festividades de fim de ano acabar para romper com seus parceiros.

Em uma entrevista para o jornal online britânico The Independent em 2020, a 'Relate', uma plataforma de relacionamentos, revelou que o número de visitas ao site aumentou expressivamente durante os primeiros três dias do ano, atingindo a marca de 84%.

"A primeira segunda-feira de janeiro é quando advogados e escritórios de advocacia recebem uma onda de novos processos de casais sobre divórcio", afirmou a fonte da Relate.

Por que os casais optam por se separar nesse período? 

Se você pensa que a criação do Dia do Divórcio pode ser apenas uma estratégia publicitária dos escritórios especializados no assunto, o jornal britânico também conversou com a advogada Amanda McAlister, que explicou que essa busca é, na verdade, mais orgânica do que se imagina: "Os relacionamentos que já estão tensos, por qualquer motivo, finalmente quebram quando os casais são forçados a passar um longo tempo juntos".

E, se a razão pela qual muitas pessoas optam por esperar o período das festas ainda não está clara, a advogada também aproveitou para ressaltar que "muitos casais esperam até o final da temporada festiva, para evitar estragar as férias de seus filhos, famílias extensas ou até mesmo de seu ex-cônjuge (em breve) durante o período de férias".

No Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), um em cada três casamentos terminam em divórcio. Além disso, no período entre 2016 e 2017 a quantidade de matrimônios caiu em 2,3%, enquanto a porcentagem de divórcios aumentou em 8,3%.

O divórcio humanizado

Mesmo com toda a tristeza que o fim de um casamento desencadeia, o cenário ideal é que o ex-casal consiga chegar a um consenso em relação aos termos do divórcio, uma vez que será menos doloroso no âmbito emocional e financeiro. É aí que entra o chamado divórcio humanizado.

"A advocacia humanizada se baseia na função social da profissão, impondo ao profissional ética, transparência, franqueza, honestidade e sinceridade no atendimento ao cliente. A utilização das técnicas de mediação e da programação neurolinguística pelo profissional contribui bastante para esse resultado positivo. O advogado 'bom de briga' deve dar lugar ao advogado 'bom de solucionar conflitos'", explica a advogada Debora Ghelman, especialista na área.

Como realizar um divórcio humanizado?

Por mais desafiador que seja esse momento, nem sempre precisa haver brigas e discussões. Caso o divórcio seja um assunto doloroso para ser conversado amigavelmente entre o ex-casal, é recomendável contratar um advogado especialista em Direito de Família para negociar e intermediar os termos devidos, evitando desgastes pessoais.

O ideal é que se contrate um único advogado para realizar o divórcio e compor os termos do acordo da forma mais justa possível. E, certamente, é a opção mais econômica. Mas, se as duas partes optarem por cada uma ter o seu próprio advogado, aconselha-se fugir do modelo de advogado combativo.

"As consequências da irresponsável atuação dos advogados podem custar muito caro à família. Um divórcio consensual sempre será mais barato, tanto em termos financeiros quanto, principalmente, em termos emocionais. Além de não envolvidos pela disputa, os advogados estão acostumados com esse tipo de situação, podendo negociar com sobriedade e experiência", conclui a especialista.

Colaboração: Debora Ghelman, advogada | Texto: Giulianna Lombardi e Redação Alto Astral | Edição: Mariana Oliveira e Renata Rocha

Alto Astral
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