Anvisa proíbe marcas de café e suplemento por origem desconhecida e falhas de fabricação e comercialização
Medida foi determinada nesta terça-feira, 23
Anvisa proíbe todos os lotes do Café Câmara e do suplemento Whey Isomix Definition por irregularidades na fabricação e comercialização, incluindo origem desconhecida, fragmentos estranhos e falhas graves em boas práticas de produção.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou na terça-feira, 23, a apreensão e proibição de todos os lotes do Café Torrado e Moído Extraforte e Tradicional da marca Câmara, de origem desconhecida. A medida também veta a fabricação, a divulgação e a comercialização dos produtos.
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A decisão foi tomada após a Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde do Estado do Rio de Janeiro confirmar que a origem do café não foi identificada. Nas embalagens, consta que o produto seria fabricado pelas empresas Sociedade Abast do Com. e da Ind. de Panificação Sacipan S/A e Lam Fonseca Produtos Alimentos Ltda., mas ambas estão irregulares.
Durante a fiscalização, foram encontrados fragmentos de um corpo estranho, semelhante a vidro, em uma amostra do café.
A Anvisa também determinou o recolhimento e a proibição da comercialização, do uso e da propaganda do suplemento Whey Isomix Definition, da marca Proteus, além de todos os alimentos, incluindo suplementos, produzidos pela empresa Axis Nutrition Indústria e Comércio de Alimentos Ltda.
Segundo o órgão, a empresa responsável pelo Whey Isomix Definition, a Unlimited Alimentos e Suplementos SLU Ltda, interrompeu a fabricação do produto no início de 2024. Ainda assim, o suplemento continuava a ser vendido no mercado com a indicação de outra empresa, o que caracteriza irregularidade.
Já no caso da Axis Nutrition, foram identificadas falhas graves nas boas práticas de fabricação. Entre as irregularidades apontadas estão:
- Ausência de responsável técnico legalmente habilitado.
- Falhas no controle de qualidade e segurança de água potável.
- Ausência de registros das operações e fluxo de produção cruzado para as operações realizadas.
- Falta de precisão no Programa de Controle de Alergênicos (PCAL).
- Ausência de rastreabilidade dos produtos e das matérias-primas usadas.
- Falhas nos critérios de seleção das matérias-primas.
- Ausência de controle de qualidade e de estudos de estabilidade dos produtos acabados.