PUBLICIDADE

Alimentação do pai na gestação influencia a saúde do bebê, afirma estudo

Nova pesquisa sugere que os hábitos alimentares dos parceiros durante a gestação possuem reflexo no cardápio da grávida e, consequentemente, no bebê.

20 abr 2022 - 13h52
Compartilhar
Exibir comentários

Não é recente a discussão sobre o papel do companheiro durante todo o processo que envolve a maternidade, desde a concepção, passando pelo parto até os cuidados com a criança, muitas vezes deixados como únicas responsabilidades da mulher. Pois o novo estudo promovido pelo projeto australiano "Queensland Family Cohort", em conjunto com a Universidade de Queensland e o instituto Mater Research, vem para acrescentar mais uma informação a este debate: é benéfico que os

companheiros estejam presentes até mesmo nas pequenas escolhas do consumo alimentar

do dia a dia da grávida.

A pesquisa publicada em 2022 analisou cerca de 194 casais heterossexuais que estavam recebendo cuidados pré-natais na maior maternidade da Austrália entre 2018 e 2021, e o resultado foi surpreendente. Os dados coletados constataram que, apesar de o pai da criança não ter nenhuma relação direta com o desenvolvimento do feto (afinal, é o organismo da mulher que se encarrega desta função), ele ainda influenciará a qualidade da saúde do bebê.

pai-mãe-alimentação
pai-mãe-alimentação
Foto: Westend61/Getty Images / Bebe.com

Isto porque, quando acompanhadas por seus parceiros na dieta, as gestantes eram mais prováveis de atender às recomendações de alimentação saudável, responsável pelo melhor crescimento do feto e prevenção de futuras doenças. "Embora seja sabido que a educação, a renda e o Índice de Massa Corporal (IMC) influenciam a forma como as mulheres comem na gravidez, este estudo aborda a lacuna que existe no conhecimento sobre como um 'parceiro de hábitos alimentares' influenciará as futuras mamães", comenta o autor Shelley Wilkinson para o portal de notícias da Universidade de Queensland.

A importância da dieta balanceada

O período gestacional exige a ingestão de diversos nutrientes encontrados em uma dieta balanceada: proteínas, lipídios, carboidratos, fibras, vitaminas e minerais, oriundos de hortaliças, leguminosas, vegetais e produtos de origem animal. Mesmo assim, de acordo com o estudo, apenas 28% das grávidas participantes ingeriam a quantidade necessária de vegetais, e 15% no caso de seus parceiros.

"Nós sabemos que o comportamento durante os primeiros 1000 dias de vida, a começar da concepção, influencia o desenvolvimento do adulto. Uma alimentação saudável durante a gravidez fornece ao feto uma base importante para o futuro do bebê, mas muitas mulheres grávidas não seguem as recomendações", explicou uma das pesquisadoras, Vicki Clifton, também para o portal de notícias da Universidade de Queensland.

Ser acompanhada por um parceiro quando é preciso começar novas atividades e mudar hábitos (principalmente alimentares) na rotina sempre torna o processo mais fácil. Seja pelo conforto emocional que aquela pessoa conhecida fornece ou pela dose de motivação que a ideia de "compromisso" traz: a parceria, de fato, dará bons frutos. Por isso mesmo, Clifton sugere que uma melhor educação e suporte para os companheiros poderia ajudar a aprimorar os hábitos alimentares das futuras mães. E bem sabemos que, no futuro, a criança também se beneficia ao longo da vida quando os pais possuem uma boa relação com a comida.

Bebe.com
Compartilhar
Publicidade
Publicidade