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Conheça cinco tratamentos não indicados pelos especialistas

6 jun 2014 - 13h00
(atualizado em 18/7/2014 às 13h08)
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Alguns procedimentos estéticos podem ser prejudiciais à saúde, causando danos que muitas vezes podem ser irreversíveis
Alguns procedimentos estéticos podem ser prejudiciais à saúde, causando danos que muitas vezes podem ser irreversíveis
Foto: Thinkstock

Em nome da beleza, as mulheres estão sempre atentas aos novos procedimentos estéticos que prometem dar fim à gordura localizada e ajudar na conquista de uma pele mais jovem e bonita. Apesar da boa fama, alguns desses tratamentos podem não oferecer o resultado esperado e apresentar até mesmo riscos à saúde. Pensando nisso, separamos algumas técnicas que fazem sucesso entre o público feminino, mas não agradam em nada os médicos especialistas no assunto. Confira.

Preenchimento com PMMA (polimetilmetacrilato)

Famoso no mercado estético, o preenchimento feito com a substância PMMA (polimetilmetacrilato) - microgrãos de acrílico originalmente empregados na fabricação de próteses ortopédicas e ortodônticas - para combater rugas e dar volume a algumas áreas do corpo, como seios e bumbum, não conta com o apoio da classe médica.

“Não há estudos sobre o comportamento desse ativo em longo prazo no corpo humano. Além disso, ele pode causar uma série de complicações, como formação de nódulos, edema tardio e até necrose (morte do tecido)” informa Renata Francesconi, dermatologista da Clínica Dermatológica Instituto da Pelle, do Rio de Janeiro.

Por ser uma substância sintética e estranha ao organismo, a reação alérgica ao produto também é muito frequente, causando inchaço, dor, pus e vermelhidão. Além disso, pode migrar para outras partes do corpo e causar deformações. Uma forma de substituí-lo é apostar no uso do ácido hialurônico, que tem boa atuação sobre as rugas e duração aproximada de um ano.

Lipostabil (nome comercial da fosfatidilcolina)

Medicamento injetável usado em tratamentos estéticos para a redução de gordura localizada teve sua fabricação, distribuição e utilização proibidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). “A substância é, na verdade, um medicamento cardiológico que não apresenta eficácia comprovada e segurança quando aplicada na dissolução de gorduras do corpo”, ressalta a especialista. Além disso, o Lipostabil, quando aplicado na pele, pode causar reação alérgica grave, que pode chegar, até mesmo, a choque anafilático. 

“Para a redução de gordura localizada, podemos usar com segurança a criolipólise (tratamento estético para gordura localizada que permite de forma não invasiva a destruição das células de gordura, utilizando um método de resfriamento controlado da pele) ou o laser de baixa intensidade”, recomenda.

Aplicação de polifenóis de alcachofra

Aplicados por meio de injeções, os produtos feitos com o extrato de polifenóis de alcachofra - supostamente responsáveis pela quebra de moléculas de gordura - também não são aprovados pela ANVISA.  “Esse tratamento não conta com qualquer comprovação científica que garanta a sua qualidade, segurança e eficácia”, informa Renata. Quando aplicada no corpo, a substância ainda pode causar vermelhidão, coceiras e deixar manchas arroxeadas que nem sempre são removidas por completo. Por conta disso, a recomendação é evitar a sua utilização e procurar alternativas para a redução de gordura localizada disponíveis no mercado.

Carboxiterapia

Apesar de sua constante divulgação, a carboxiterapia, que consiste  na aplicação de injeções de dióxido de carbono (CO2) sob a pele para o combate à celulite, estria, gordura localizada e flacidez, não possui o respaldo de publicações científicas que comprovem a sua eficácia, além de poder oferecer riscos à saúde. “Existe a possiblidade de infecção, que poderá́, eventualmente, atingir graves dimensões, já que se trata de um método invasivo”, analisa a dermatologista. Por isso, vale a pena a recorrer a procedimentos mais seguros e que oferecem resultados eficazes como cientificamente como os aparelhos de radiofrequência e o laser fracionado. Para as estrias, usamos laser fracionado.

Câmeras de bronzeamento artificial

Proibidas pela ANVISA, as câmeras de bronzeamento, segundo estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS), aumentam em 75% os riscos do desenvolvimento de câncer de pele devido à alta exposição às lâmpadas que emitem a radiação UVA. Por isso, no Brasil, existem apenas três produtos regulamentados para a conquista de uma pele dourada: o bronzeamento a jato, o autobronzeador e os hidratantes que bronzeiam - todos eles têm DHA, uma substância que reage com a queratina na pele, conferindo o tom moreno tão desejado.

Seguros, eles devem ser evitados apenas por pessoas que apresentam alergias a algum componente utilizado ou que estejam fazendo algum tratamento com ácido. Do contrário, eles podem ser usados até mesmo no rosto. “Antes de recorrer a eles, no entanto, vale a pena esfoliar a pele uma semana antes, por duas ou três vezes, principalmente nas partes que têm mais queratina, como joelhos e cotovelos”, indica Renata. 

Fonte: Agência Hélice
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